Nesta terça-feira (1°/2), um homem se apresentou à 34ª DP, de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e disse que foi uma das pessoas que agrediu até a morte o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe na semana passada. O homem não teve a identidade revelada. Segundo a Polícia Civil, ele foi levado para prestar depoimento na Delegacia de Homicídios do Rio. A investigação está em sigilo.
O homem é um dos funcionários do Quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, onde Moïse foi espancado. Em entrevista ao SBT Rio, ele disse que não tinha a intenção de "matar o homem, por isso não bateram na cabeça". "A gente não queria tirar a vida de ninguém, nem porque ele era negro ou de outro país", disse.
Segundo ele, Moïse teria tentado agredir um homem dentro do quiosque e, por isso, as agressões teriam começado. De acordo com testemunhas e com a família, o congolês teria ido até o quiosque cobrar duas diárias, no valor de R$ 200. Ele teria sido espancado por cinco pessoas por cerca de 15 minutos com pedaços de madeira e um taco de beisebol. O momento da agressão foi registrado por câmeras de segurança. Moïse morreu no local.
Nesta terça-feira, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse pelas redes sociais que o assassinato de Moïse "não ficará impune".
Já o secretário municipal de Fazenda do Rio de Janeiro, Pedro Paulo, afirmou que o quiosque terá o alvará suspenso. A concessionária Orla Rio, que administra quiosques nas praias da cidade, também afirmou que interrompeu a operação do quiosque até a conclusão das investigações.