Depois de mais de 10 dias internada por complicações renais, a cantora Paulinha Abelha, da banda Calcinha Preta, morreu ontem em Aracaju, aos 43 anos. Ela não resistiu a uma infecção neurológica que contraiu no último dia 17, após entrar em coma devido ao agravamento do quadro de saúde.
De acordo com a equipe que a acompanhava, a causa do óbito foi comprometimento multissistêmico. Paulinha estava internada no Hospital Primavera, na capital sergipana, desde 17 de fevereiro, sob os cuidados de equipes médicas de terapia intensiva, neurologia e infectologia.
"Nas últimas 24 horas, (Paulinha) apresentou importante agravamento de lesões neurológicas, constatadas em ressonância magnética, e associada a coma profundo. Foi então iniciado protocolo diagnóstico de morte encefálica, que confirmou (a) hipótese após exames clínicos e complementares específicos", explicou a nota emitida pelo hospital.
Paula de Menezes Nascimento Leça Viana nasceu em Simão Dias (SE), em 16 de agosto de 1978. Doze anos depois, ela já integrava o hall de artistas locais que cantavam em festas tradicionais das cidades no interior do estado, em cima de trios elétricos.
A artista chegou ao Calcinha Preta no final dos anos 1990, descoberta pelo empresário e diretor da banda, Gilton Andrade. Ela pode ser escutada em 22 álbuns e três DVDs.
A trajetória de Paulinha com o grupo lhe deu visibilidade para, em 2010, unir-se ao grupo GDO do Forró — mas o projeto não foi adiante. Oito meses depois, ela lançou a dupla Paulinha & Marlus, com o então marido e também ex-integrante da Calcinha Preta. A dupla permaneceu junta até 2014.
Paulinha voltou ao Calcinha Preta e, em 2016, deixou a mais uma vez a banda para, ao lado de Silvânia Aquino, montar o trio Gigantes do Brasil, que contava ainda com Daniel Diau.
Em dezembro daquele ano, as duas vocalistas formaram a dupla Silvânia & Paulinha. Em 2018, voltaram ao Calcinha Preta, onde Paulinha ficou até o fim.
Assim que souberam da morte da artista, uma grande quantidade de fãs se concentrou em frente ao Hospital Primavera para prestar as últimas homenagens. Sob forte emoção, fizeram preces e entoaram cânticos em homenagem a Paulinha. Até o fechamento desta edição, não havia informações sobre o velório e o sepultamento.
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