Após a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entregar, nesta terça-feira (22/2), as primeiras doses da vacina 100% nacional contra a covid-19 ao Ministério da Saúde, a pasta informou que o país poderá exportar os imunizantes, como fazem outros países, e reforçar a distribuição equitativa de vacinas no mundo. Ainda não há, contudo, negociações sendo feitas.
"A Fiocruz tem uma grande capacidade de produção de vacinas, como mostrou durante a pandemia. Com isso, podemos nos associar aos esforços dos outros países que produzem vacinas para ampliar o acesso global à imunização e, assim, contermos o caráter pandêmico da covid-19", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, após o evento de lançamento do imunizante nacional.
Para ser exportada, a vacina produzida pela Fiocruz precisa obter o registro emergencial na Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo Queiroga. Apesar de indicar que o país pode ser um futuro exportador do imunizante, o ministro reforçou que ainda não há negociações sendo feitas.
No evento de entrega das primeiras doses do fármaco, o ministro imunizou quatro pessoas com a vacina da AstraZeneca produzida 100% em território nacional. De acordo com ele, mais de 500 mil doses do "imunizante brasileiro" já foram entregues e podem ser distribuídas à população brasileira.
O contrato de transferência de tecnologia da Astrazeneca para a Fiocruz foi assinado em junho do ano passado e, hoje, a vacina 100% nacional foi entregue ao Ministério da Saúde. Com a transferência de tecnologia, a vacina pode ser produzida sem a necessidade da importação do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), ponto que já atrasou a vacinação contra a covid no Brasil no início da campanha.
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