RIO DE JANEIRO

Mulher diz que engravidou sozinha em banheira e marido decide processar hotel

Com a ação, o marido quer receber uma indenização do hotel para reparação dos danos psicológicos da esposa e que o estabelecimento arque com todos os custos da criança

Aline Brito
postado em 21/02/2022 22:19 / atualizado em 21/02/2022 22:19
Para dar entrada no processo contra o hotel cinco estrelas, o casal procurou uma advogada -  (crédito: Orient-Express/Divulgação)
Para dar entrada no processo contra o hotel cinco estrelas, o casal procurou uma advogada - (crédito: Orient-Express/Divulgação)

Um homem decidiu processar um hotel de luxo no Rio de Janeiro após esposa — supostamente — engravidar “sozinha” em uma banheira de hidromassagem. Tudo aconteceu enquanto o marido estava em uma viagem a trabalho na Europa. Ele passou seis meses fora e quando retornou para casa encontrou a mulher grávida. Como justificativa, ela alegou ter ido a um hotel com a irmã e passado a maior parte do tempo na banheira.

Para dar entrada no processo contra o hotel cinco estrelas, o casal procurou a advogada Lu Lage, que postou um vídeo nas redes sociais revelando o caso. “Esse senhor quer que eu ajuíze uma ação para processar um hotel cinco estrelas no Rio, alegando que ele ficou fora de casa seis meses, a trabalho na Europa, e quando voltou para casa a esposa está grávida. Ele muito bravo, tirou satisfação”, disse a advogada.

“Ela falou: ‘amor, a única coisa que eu fiz de diferente foi quando eu estive no Rio com a minha irmã, fiquei em tal hotel e realmente eu entrei inúmeras vezes na hidromassagem. Então a única chance de eu estar grávida é porque eles não limparam, não esterilizaram a banheira de hidromassagem’”, detalhou Lu.

Com a ação, o marido quer receber uma indenização do hotel para reparação dos danos psicológicos da esposa e que o estabelecimento arque com todos os custos da criança porque “foi irresponsabilidade do hotel não esterilizar a banheira de hidromassagem”.

Outra versão

Em um outro vídeo, depois do segundo encontro com o casal, a advogada contou que conversou separadamente com a esposa e ela apresentou outra versão. De acordo com a mulher, a gravidez seria, na verdade, consequência de um estupro. “Eu conversei com ela separadamente, com ele, e depois com os dois. Eu disse a ela que seria uma ação sem nexo algum, como que eu iria processar um homem falando de uma gravidez. Isso seria impossível”, disse Lu Lage, foi aí que a mulher contou outra história.

“Ela disse que foi o meio que ela achou mais tranquilo para que seu marido não ficasse tão devastado, porque na realidade ela estava saindo de um lugar, estava na rua, quando ela foi pegar o carro dela, ela foi arrastada e estuprada. A banheira seria menos doloroso para o marido do que um estupro, pois ele é muito nervoso, se alguém mexesse com ela”, retratou a advogada.

Quando questionada se registrou um boletim de ocorrência, a mulher disse que não procurou a polícia pois estava com vergonha. “Mas ela disse que quer tirar o filho, porque o rapaz é negro, ela é loira e o marido é branco também”, disse a advogada sobre as justificativas da cliente.

Logo após a conversa entre a mulher e a advogada, elas foram conversar com o marido. Nesse momento, a esposa decidiu contar que tinha sido estuprada. “Ele chorou muito, falou que imagina o quanto ela está sofrendo por ter escondido uma coisa tão séria, por isso ela estava arrasada psicologicamente, e escondeu para poupá-lo”, contou Lu Lage.

A advogada explicou para o casal tudo que envolveria uma ação como essa para obter autorização para um aborto. “Eu disse o quão complicado seria essa ação, pois teria que provar. Ele disse que iria conversar com ela, mas que, por ele, ficaria com o filho. Ela quem não está querendo de jeito nenhum”, afirmou Lu.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação