O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a se manifestar contra a aplicação de uma quarta dose de reforço dos imunizantes contra a covid-19, durante evento com crianças na capital alagoana, ontem. "Antes de querer aplicar a quarta dose sem evidência científica, vamos avançar na aplicação da dose de reforço da vacina. Vamos enfrentar essa variante ômicron e vamos vencer essa variante, como vencemos a delta e a gama", disse.
A declaração do ministro se contrapõe ao posicionamento do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que afirmou, durante entrevista à Rádio Eldorado na última semana, que o estado vai aplicar a quarta dose, mesmo sem aval do governo federal. O posicionamento do tucano é tido como uma afronta.
Queiroga afirmou que a fala de Doria trava uma espécie de "guerra fria" da vacina contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). "Não conversei com o governador sobre isso. O governador de São Paulo e outros chefes de Executivo, seja de estado ou de município, muitas vezes interferem no processo decisório a respeito da imunização", disse Queiroga.
Até o momento, a prescrição da quarta dose da vacina contra o coronavírus vale apenas para a população imunossuprimida, maior de 18 anos. Na quarta, o Ministério da Saúde passou a recomendar que adolescentes imunossuprimidos de 12 a 17 anos também recebam a quarta dose dos imunizantes.
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