Ao participar de um ato de vacinação infantil contra a covid-19 em Maceió (AL), neste sábado (12/2), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu aos pais e responsáveis que levem suas crianças de 5 a 11 anos para tomar o imunizante. Com um ritmo de vacinação do público infantil considerado lento por especialistas, apenas 3,4 milhões de crianças receberam a primeira dose do imunizante.
“Vamos disponibilizar as vacinas para os pais e eu exorto a cada pai e cada mãe que levem seus filhos para a sala de vacinação”, disse o ministro, que vacinou duas crianças no evento.
Ainda que Queiroga tenha defendido a não obrigatoriedade da vacinação de crianças de 5 a 11 anos, o pedido feito aos pais vai na contramão do que defende o presidente da República, Jair Bolsonaro, que afirmou que não irá vacinar a filha Laura de 11 anos.
Nesta sexta (11), o Ministério da Saúde anunciou a contratação de mais 2 milhões de doses da vacina pediátrica da Pfizer, que já é aplicada no país nos grupos de faixa etária de 5 a 11 anos. Com a adição das unidades, a pasta já adquiriu 22 milhões de imunizantes da Pfizer destinados ao público pediátrico.
Queiroga garantiu que até a próxima terça-feira, 15 de fevereiro, o ministério distribuirá vacinas suficientes para aplicar a primeira dose em todas as crianças de 5 a 11 anos do país.
Quarta dose
O ministro também aproveitou o momento para criticar a aplicação de uma quarta dose da vacina contra a covid-19 no momento. Até o momento, o Ministério da Saúde só recomenda a quarta dose para pessoas imunossuprimidas a partir de 12 anos. No entanto, o governo do estado de São Paulo indicou que vai aderir à aplicação da dose adicional em idosos com mais de 60 anos independentemente de haver ou não recomendação do governo federal.
“Antes de querer aplicar quarta dose sem evidência científica vamos avançar na aplicação da terceira dose de vacina. O Brasil aplicou em cerca de 30% da sua população a dose de reforço. Precisamos avançar na sua aplicação e não querer aplicar uma quarta dose sem ainda ter uma evidência científica sólida”, criticou Queiroga.
De acordo com levantamento da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid), 54 milhões de brasileiros já estão aptos a tomar a dose de reforço, enquanto mais de 21,5 milhões de brasileiros estão atrasados para receber a segunda dose da vacina.
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