O Brasil registrou, ontem, 943 mortes por covid-19 e 164.066 novos casos. Apesar dos números altos, depois de cinco dias de alta, o país registrou queda na média móvel de óbitos, que agora está em 859 — segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
O país registrou, ainda, a maior queda do ano na média móvel de casos, que foi de 166.046 na última quarta-feira para 146.854 ontem — uma redução de mais de 11%. Tais índices consideram os dados dos últimos sete dias e são utilizadas para evitar as distorções por subnotificação nos finais de semana.
Com os novos números, o número de mortos pela covid no Brasil, desde o início da pandemia, chegou a 636.017. O total de casos chegou a 27.119.500 registros.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, ontem, uma nota técnica analisando as taxas de ocupação de leitos de UTI para a covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). A análise aponta que nove unidades da Federação estão na zona de alerta crítico, com indicadores iguais ou superiores a 80%. Outras 11 encontram-se na zona de alerta intermediário e sete estão fora da zona de alerta. Entre as capitais, 15 estão em ponto crítico e cinco em intermediário — outros cinco estão em condições consideradas normais, mas dois não têm disponibilizado as taxas de ocupação.
Turismo
Para os pesquisadores do Observatório Covid-19, compilado pela Fiocruz, a persistência de taxas de ocupação de leitos de UTI em níveis críticos nos estados e capitais do Nordeste e Centro-Oeste, além do Espírito Santo, chama a atenção. Nesses casos atribuiu-se à movimentação causada pelo turismo de verão. Capitais como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo apresentam tendência de queda no número de casos.
O Observatório da Covid, mais uma vez, insiste que o avanço da ômicron deve-se à baixa cobertura vacinal e recursos assistenciais precários. "Como temos sublinhado, a elevadíssima transmissibilidade da variante pode incorrer em demanda expressiva de internações em leitos de UTI, mesmo com uma probabilidade mais baixa de ocorrência de casos graves", salienta o levantamento.
Os pesquisadores enfatizam a necessidade de se avançar com a vacinação, principalmente entre crianças de 5 a 11 anos; de se exigir o passaporte vacinal como política de estímulo à vacinação; e de endurecer a obrigatoriedade de máscaras em locais públicos, como forma de controle da covid-19. Aproximadamente 151 milhões de brasileiros foram totalmente imunizados, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
* Estagiária sob a supervisão
de Fabio Grecchi
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