DESCASO

Homem fecha UPA com corrente e cadeado após se revoltar com falta de médicos

O homem afirmou que a falta de médicos é um problema recorrente e que a atitude que tomou foi para chamar a atenção do governo local para trazer melhorias para a população

Correio Braziliense
postado em 07/02/2022 19:45 / atualizado em 07/02/2022 19:45
Com uma corrente e um cadeado, ele fechou e lacrou a porta principal da UPA, enquanto reclamava da situação -  (crédito: Gabriel Ferreira)
Com uma corrente e um cadeado, ele fechou e lacrou a porta principal da UPA, enquanto reclamava da situação - (crédito: Gabriel Ferreira)

Pacientes e profissionais de saúde da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mário Campos, município próximo a Belo Horizonte (MG), viveram momentos de tensão na tarde de sexta-feira (4/2). Após receber a notícia de que não havia médicos disponíveis para atender a mãe, um homem trancou os presentes no posto de saúde dentro do local ao fechar a porta com uma corrente e um cadeado.

No entanto, a reação de Gabriel Ferreira Campos, de 36 anos, não foi violenta, mas sim uma forma de protesto. Ele levou a mãe, de 73 anos, à UPA para ser tratada de uma queimadura feita por uma lagarta e, após ela passar pela triagem e ser liberada para a última etapa, que é o atendimento com o médico, os dois foram informados que deveriam buscar atendimento na cidade vizinha, em Brumadinho, por não ter médicos disponíveis.

Foi nesse momento que Gabriel tomou a atitude de trancar o estabelecimento. Com uma corrente e um cadeado, ele fechou e lacrou a porta principal da UPA, enquanto reclamava da situação. “Como é que uma unidade 24 horas não tem médico?”, dizia.

Em um registro filmado e veiculado por ele nas redes sociais, Gabriel cobrou o prefeito e o vereador por melhorias no sistema de saúde. “Pode chamar a polícia. Se não tem médico, pra que ficar com a unidade de saúde aberta? Vamos trancar as portas, manda todo mundo pra Brumadinho”, questionou.

De acordo com a Polícia Militar do município, quando os agentes chegaram no local, Gabriel seguiu as orientações dos policiais e liberou a entrada do posto de saúde. O homem não foi preso, só prestou depoimento e deve ser ouvido pela Polícia Civil.

Ao portal g1, o homem afirmou que a falta de médicos é um problema recorrente e que a atitude que tomou foi para chamar a atenção do governo local para trazer melhorias para a população.

"O problema é recorrente. Há uma unidade 24 horas que não tem médicos e sempre orienta a buscar atendimento em cidades vizinhas, como Brumadinho e Sarzedo", lamentou. Após a confusão, Gabriel levou a mãe para ser atendida na cidade vizinha.

O Correio entrou em contato com a Prefeitura de Mário Campos para saber sobre a possível falta de médicos na UPA do município, mas não obteve resposta até o momento. O espaço está aberto para eventual manifestação.

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