O Brasil teve, nas últimas 24 horas, 893 mortes causadas pelo novo coronavírus. Trata-se do número mais alto de vidas perdidas desde que a vacinação começou a ser aplicada no país. De acordo o levantamento realizado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), os óbitos vêm crescendo de forma exponencial e, com os registros recolhidos entre a terça-feira e ontem, são 628.960 vidas perdidas para a covid-19. Os casos informados no mesmo período foram 172.903, totalizando 25.793.112 pessoas que contraíram a doença.
Menos de uma semana após ter autorizado a venda do autoteste de covid-19 no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já recebeu pelo menos 28 pedidos de registro desse tipo de exame. Quatro solicitações estão em análise e as outras aguardam início da avaliação pelo órgão regulador. Segundo a autarquia, o prazo para análise do pedido é de até 30 dias, mas avaliará os pedidos com celeridade.
Ao Correio, os fabricantes de autoexame preveem a disponibilização para o público em março. Rubens Freitas, CEO de uma das produtoras, a Vyttra Diagnósticos, acredita que este prazo pode ser ainda menor. Marily Shimmoto, diretora comercial e de marketing da Celer Biotecnologia, outra fabricante, trabalha com a mesma expectativa de prazo, assim como a Roche Diagnóstica. Os autotestes só serão vendidos em farmácias e estabelecimentos de saúde.
Os pedidos que começaram a ser analisados pela Anvisa também foram remetidos ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), que faz a análise técnica junto com a agência. Para ser aprovado, o desempenho do autoteste precisa ser confirmado pelo instituto. A exigência é de que a sensibilidade e a especificidade dos produtos devem ser, respectivamente, maior ou igual a 80% e maior ou igual a 97%.
Agilidade
Com o retorno dos trabalhos do Congresso, um grupo de senadores quer fazer avançar a discussão sobre um projeto de lei que visa dar mais autonomia à Anvisa, principalmente para casos relacionados à pandemia. O PL é de autoria do senador Omar Aziz (PSD-AM), ex-presidente da CPI da Covid.
Segundo o parlamentar, o trabalho da Anvisa não pode ficar apenas no âmbito das sugestões. A intenção de Aziz é que a agência tenha poder para baixar decisões, como obrigatoriedade de comprovante de vacina e restrições de circulação.
Há algumas semanas, a agência entrou na mira do presidente Jair Bolsonaro (PL) por causa da aprovação das vacinas contra a covid-19 para crianças e adolescentes. Segundo Aziz, a sociedade não pode ficar à "mercê da boa vontade" daquele que ocupa a Presidência da República.
*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi
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