O presidente Jair Bolsonaro ironizou, ontem, o acidente nas obras do metrô em São Paulo, que culminou na abertura de uma cratera na Marginal Tietê na capital paulista. O desabamento ocorreu na última terça-feira em uma das obras da Linha 6-Laranja do Metrô paulistano, entregue à empreiteira espanhola Acciona pelo governo estadual. O desastre não deixou mortos ou feridos.
"Semana que vem, concluímos a transposição do Rio São Francisco. Em São Paulo, teve a transposição do rio Tietê", disse Bolsonaro aos risos a apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada.
A ironia foi mais uma forma encontrada pelo presidente de tentar desqualificar o governador João Doria, pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto e um dos maiores desafetos de Bolsonaro — que, na coletiva que concedeu ontem, não respondeu à provocação.
Desculpas
Ao lado do prefeito da capital, Ricardo Nunes, Doria preferiu se desculpar pelos "transtornos causados" pelo desabamento, que fez ceder parte do asfalto da Marginal do Tietê e provocou a interdição da via no sentido Ayrton Senna.
"Quero começar com as nossas desculpas aos usuários das marginais, especialmente a Marginal Tietê, o transtorno que isso vem oferecendo a esta população que utiliza diariamente a marginal para ir ao trabalho e retornar às suas casas", disse.
Segundo Doria, o governo de São Paulo já cobrou da empreiteira responsável pela construção as providências necessárias para retomada das obras e do tráfego na Marginal. Já o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Paulo Galli, informou que foi constituído um comitê para o acompanhamento das obras e das soluções envolvendo a parte financeira e ambiental da engenharia.
Ele informou que a Acciona prevê que, com a colocação de estacas para contenção da Marginal, a partir do dia 11 o trecho principal da Marginal pode ser liberado. Ainda de acordo com o secretário, existe a possibilidade de o estaqueamento não ser necessário e, nesse cenário, a liberação da via principal poderia acontecer em até três dias.
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