Mistério

Jovem que teve barriga aberta em praia do Espírito Santo diz ser vítima de latrocínio

Em mensagem divulgada nas redes sociais, ele afirma que as inúmeras especulações que surgiram sobre o crime são falsas

Mariana Costa*/Estado de Minas
postado em 02/02/2022 18:34 / atualizado em 02/02/2022 18:52
 (crédito:  Twitter/Reprodução)
(crédito: Twitter/Reprodução)

O jovem que teve a barriga aberta e parte do intestino delgado retirado enquanto dormia na praia do Ermitão, em Guarapari (ES), afirma ter sido vítima de latrocínio. A mensagem com o desabafo dele circula nas redes sociais teve a autoria confirmada pelo advogado que representa as famílias das vítimas. O jovem afirma que as inúmeras especulações que surgiram nas redes sociais sobre o crime são falsas.

 "É óbvio que todas essas histórias são mentira. O que houve foi uma tentativa de latrocínio. Machucaram a menina que estava comigo, e também me feriram muito no rosto e me cortaram no abdômen. Além disso, também levaram meu celular e o dinheiro que ela carregava", diz um trecho da mensagem.

Jovem que teve barriga aberta em praia do Espírito Santo diz ser vítima de latrocínio
Jovem que teve barriga aberta em praia do Espírito Santo diz ser vítima de latrocínio (foto: Reprodução/Twitter)

Apesar da alegação do jovem, a Polícia Civil do Espírito Santo ainda não confirma o crime. Segundo a corporação, os investigadores estão levantando informações, ouvindo as vítimas e colhendo provas para entender o que ocorreu em 16 de janeiro.

De acordo com o advogado que representa a família, Lécio Machado, o jovem e a namorada foram à praia para um luau. O encontro seria uma despedida, já que a vítima ia viajar para os Estados Unidos.

Na segunda-feira (31/1), o advogado afirmou ao jornal "Folha Vitória" que o casal usou drogas e consumiu bebida alcoólica no dia do incidente.

"Eles experimentaram uma droga, não posso dizer qual é. Nenhum dos dois tinha experiência com drogas. Eles também ingeriram bebida alcoólica, beberam vinho", disse.

Com a grande repercussão nas redes sociais, várias especulações surgiram sobre o que teria ocorrido na praia

"É importante destacar que ela (namorada) também foi vítima, também foi machucada", afirmou Machado.

Na mensagem, o jovem diz que todos os boatos e versões para o caso estão lhe fazendo mal.

"Pelo amor de Deus, peço que não me incomodem agora, pois estou em recuperação e todos esses boatos estão me fazendo muito mal. Está sendo difícil para mim e também para a menina que estava comigo, que é uma VÍTIMA.”

Famílias querem punição dos envolvidos no caso

As famílias das vítimas divulgaram uma carta, assinada pelo advogado, em que afirmam que o casal foi "vítima de terceiros ainda não identificados". Os pais do jovem e da namorada pedem punição aos envolvidos no crime.

"Confiamos nas investigações promovidas pela 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Guarapari e esperamos que os responsáveis pelo crime sejam encontrados e punidos.”

Ainda segundo a carta, o casal está se recuperando física e psicologicamente do ocorrido, por isso as famílias preferiram manter o sigilo sobre o caso.

"Compreensivelmente, as famílias dos jovens, em comum acordo, preferiram manter, até o momento, os fatos sob sigilo, com o único objetivo de preservar a identidade das vítimas e garantir-lhes um ambiente adequado para a necessária recomposição emocional e física, dado que inegavelmente sofreram demasiada violência física e psicológica ao serem vítimas do crime, agora tornado público.”

Imagens podem ajudar nas investigações

O delegado responsável pela investigação já está com as imagens das câmeras de segurança da entrada da reserva ambiental, onde fica a praia do Ermitão, em Guarapari.

O advogado destacou que a investigação do caso ainda está no início.

A jovem já prestou depoimento e o rapaz deve depor assim que tiver alta médica, que está prevista para os próximos dias.

"As investigações estão iniciando. Eles estavam hospitalizados e ainda serão ouvidos pela polícia. Ela já prestou depoimento, ele ainda irá depor. No momento nenhum dos dois lembra o que aconteceu. Eles foram para a praia fazer um luau, foram para praia dentro do parque, mas não sabem quem agrediu", explicou o advogado.

*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria

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