VIOLÊNCIA

Vídeo mostra o congolês Moïse sendo agredido no Rio de Janeiro

As fortes imagens mostram o imigrante sendo agredido por, ao menos, quatro homens

Correio Braziliense
postado em 01/02/2022 22:42 / atualizado em 02/02/2022 10:45
De acordo com relatos da família de Moïse, as agressões (e o assassinato) ocorreram após o homem ter ido pedir salários atrasados em um quiosque -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)
De acordo com relatos da família de Moïse, as agressões (e o assassinato) ocorreram após o homem ter ido pedir salários atrasados em um quiosque - (crédito: Reprodução/Redes sociais)

Um vídeo de segurança interna divulgado — pelo jornal carioca O Globo — nesta terça-feira (1º/2) mostra o momento da morte do congolês Moïse Mugenyi, 24 anos. Nas imagens, é possível ver quando o imigrante é brutalmente assassinado.

De acordo com relatos da família de Moïse, as agressões (e o assassinato) ocorreram após o homem ter ido pedir salários atrasados em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

No vídeo, Moïse chega ao local, mexe em um refrigerador e então é empurrado por um homem com casaco cinza. Logo depois, três homens agridem o congolês, enquanto ele se debate no chão.

Em outros momentos, homens aparecem agredindo Moïse com um pedaço de madeira depois dele ter caído no chão. Após as agressões, por dois momentos, os agressores tentam fazer uma manobra de reanimação cardíaca no congolês.

Alerta:

O Correio borrou o vídeo por conta da extrema violência presente nas imagens.

Homem se entrega

Nesta terça-feira (1°/2), um homem se apresentou à 34ª DP, de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e disse que foi uma das pessoas que agrediu até a morte o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe. O homem não teve a identidade revelada. Segundo a Polícia Civil, ele foi levado para prestar depoimento na Delegacia de Homicídios do Rio. A investigação está em sigilo.

O homem é um dos funcionários do Quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, onde Moïse foi espancado. Em entrevista ao SBT Rio, ele disse que não tinha a intenção de "matar o homem, por isso não bateram na cabeça". "A gente não queria tirar a vida de ninguém, nem porque ele era negro ou de outro país".

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