Covid-19

Queiroga admite pressão no sistema de saúde: 'Ômicron não deve ser menosprezada'

Ministro da Saúde acredita, no entanto, que o impacto da nova cepa no Brasil será semelhante ao de países da Europa, onde os casos explodiram, mas não houve incremento forte de óbitos

Em meio ao aumento de casos da covid-19 e também da taxa de ocupação de leitos de UTI por pacientes infectados, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a variante ômicron não deve ser menosprezada e reconheceu a pressão no sistema de saúde já sofrida em diversos estados. Ele acredita, no entanto, que o impacto da nova cepa no Brasil será semelhante ao de países da Europa, onde os casos explodiram, mas não houve incremento forte de óbitos. 

As declarações foram feitas durante a 1ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite do ano de 2022, realizada nesta quinta-feira (27/1). "A variante ômicron rapidamente se disseminou no mundo inteiro e não deve ser menosprezada, apesar de sabermos que alguns casos são menos complexos do que os causados por outras variantes", afirmou no discurso de abertura da reunião. 

Para o ministro, o estágio da campanha de vacinação contra a covid-19 é o que pode ajudar o Brasil a diminuir os danos da nova cepa. "Esse perfil de vacinação faz acreditar que o impacto da ômicron no Brasil pode ser parecido com o que está acontecendo no Reino Unido, Portugal e na Espanha, onde os casos também explodiram, mas não houve incremento forte de óbitos", disse. 

Esta semana, o Brasil voltou a registrar uma média móvel de mortes por covid-19 acima de 300 óbitos. A última vez em que média móvel superou 300 óbitos foi em 1º de novembro, quando chegou a 303 perdas.

Pressão

Este patamar voltou a ser atingido depois de o país observar o aumento do número de casos de infecções confirmadas pelo novo coronavírus. O acréscimo visto desde o início do ano já pressiona sistemas de saúde e o próprio ministro reconhece isso. 

"Pressão sobre o sistema de saúde já ocorre, como nós conhecemos. Pelo menos uma dezena de estados, nós já temos leitos de terapia intensiva ocupados em um percentual superior a 70%", alertou.

Apesar de ressaltar que o momento exige cuidados, contudo, Queiroga quer por fim ao caráter pandêmico da covid-19 ainda este ano. "2022 é um ano de grandes desafios para todos nós, porque é o ano que — com a colaboração e o empenho de todos —, vamos, com a ajuda de Deus, por fim ao caráter pandêmico da covid-19. Essa é a nossa esperança", disse.

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