Depois da autorização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do uso da CoronaVac na imunização de crianças e adolescentes na faixa de 6 a 17 anos, os estados e municípios passaram a pressionar o Ministério da Saúde para a aquisição da vacina produzida pelo Instituto Butantan. O Consórcio Nordeste chegou a enviar, no mesmo dia da decisão da Anvisa, um ofício cobrando urgência da pasta na obtenção dos imunizantes.
Segundo o secretário-executivo do Ministério, Rodrigo Cruz, a pasta tem, em estoque, 6 milhões de doses da CoronaVac. Ele afirmou que a pasta ainda aguarda informações dos estados e municípios sobre a quantidade de doses que há em estoque em cada região. Por isso, de acordo com o secretário, ainda não está decidido o total de aplicaçõe que o governo terá que comprar.
O Butantan afirmou que tem "alta capacidade de fornecimento de mais doses se houver demanda, além do estoque de 15 milhões disponível". Segundo o presidente do instituto, Dimas Covas, podem ser produzidos 1 milhão de doses por dia. "Se houver novos contratos, estamos absolutamente preparados para atender. Podemos entregar 10 milhões de doses em um prazo de uma semana a 10 dias. Nós já fornecemos aos estados, como São Paulo, e estamos disponíveis para atendimento", assegurou.
Devido a pressão pela CoronaVac, o cronograma vacinal da Pfizer — imunizante que também recebeu aval da Anvisa para o uso no público infantil — foi questionado. Diante disso, o laboratório esclareceu que, desde que recebeu a aprovação da Anvisa, em 16 de dezembro de 2021, começou a se preparar para a entrega do imunizante e cumpriu o cronograma estabelecido.
Para este mês, estava prevista, no dia 13, a primeira entrega com 1.248 milhão de doses do imunizante. Em 16 de janeiro chegaram mais 1.248 milhão. E ontem, conforme o contrato com o Ministério da Saúde, desembarcaram no Brasil mais 1.818 milhão de doses.