Com o crescimento do setor de tecnologia em mais de 22% na pandemia, o Brasil chegou à nona posição no ranking mundial de TI em 2020. Trata-se de um mercado em expansão, que exige muito conhecimento e capacidade e começa a ser visto pelos trabalhadores brasileiros como uma aposta.
Considerando a demanda crescente por profissionais de inovação e a evolução exponencial de tecnologias, o especialista Gilberto Lima Jr. destacou que o "profissional do futuro" precisa ter a capacidade de se adaptar às mudanças por meio do aprendizado constante:
"O profissional do futuro é o que trabalha com foco, que não deixa perder a oportunidade de se conectar com o que há de mais novo na tecnologia, e que tem a capacidade de percepção de mudança, para onde estamos indo, o que está acontecendo", disse.
Além destas qualidades, existem habilidades extremamente solicitadas no mercado de trabalho da tecnologia, para as quais os profissionais que almejam atuar no setor precisam olhar com atenção. Segundo levantamento da PageGroup, empresa especializada em recursos humanos, o domínio de machine learning, data science, mineração de dados, bem como a autogestão para o trabalho (uma vez que uma parcela considerável das oportunidades surgem em regime de trabalho remoto) são essenciais para o profissional de TI.
No mercado de trabalho, empresas que põem inovações tecnológicas no centro de suas estratégias obtiveram o maior valor de mercado entre 2015 e 2020 no mundo. A informação integra a segunda edição do Technology Report, relatório global da consultoria Bain & Company. "A mensagem clara é que a tecnologia não é apenas uma indústria. Tornou-se a principal força disruptiva em toda a economia global", diz o documento.
Para as empresas que estão fora do setor tecnológico, lidar com as novidades da área ainda é um desafio. Segundo levantamento encomendado pela Dell Technologies a Forrester Consulting, metade das empresas brasileiras estão longe da transformação digital. Segundo o estudo, 73% das empresas no Brasil afirmam ter negócios orientados por dados, mas apenas 28% admitem que conseguem tratá-los adequadamente. "Hoje, a empresa que não conseguiu fazer essa adaptação digital está fadada, eventualmente, ao fracasso", frisou Fábio Galvão, do Senac-DF.