A morte de uma mulher de 35 anos intriga as autoridades policiais de Varginha, no Sul de Minas. Joyce Maria Veiga foi encontrada desacordada e ferida no banheiro da própria residência, nessa segunda-feira (17/1), e morreu a caminho do hospital. O companheiro da vítima chegou a ser preso, mas foi liberado pela Polícia Civil por falta de provas.
A Polícia Militar informou que foi acionada pela equipe do hospital onde Joyce foi encaminhada já sem vida, com ferimentos diversos pelo corpo, inclusive marcas de mordidas.
Após denúnicas anônimas, os militares chegaram ao companheiro da vítima, então o principal suspeito. “Informações recebidas dão conta de que o casal brigava fervorosamente, que a vítima era agredida e mantida trancada em casa", inicia a assessoria de imprensa da PM.
"Ele foi encontrado durante o rastreamento, quando este se deslocava para o hospital, onde a vítima estava e, ao ser indagado, negou ter sido o autor informando que ao chegar em casa, a encontrou agredida no banheiro, e os autores seriam pessoal do bairro”, complementa.
“Dada à inconsistência do relato do autor e de outros indicativos, como o portão trancado e inchaço dos punhos dele, ele foi preso”, finaliza a corporação.
Ouvido e liberado
Já na delegacia, o suspeito voltou a negar a autoria. “O grande problema é que os legistas informaram que a vítima teria sido bastante agredida e teria sangrado muito. Já a perícia informa que na casa da vítima não existiam sinais de luta e sangue", diz Alexandre Boaventura Diniz, delegado que registrou o caso.
"[Foram encontradas] três gotinhas na cama do casal. Conversando com o suspeito, ele informou que chegou em casa e encontrou a vítima toda machucada tomando banho. Ele a colocou na cama, o que justifica as gotas de sangue e tentou prestar uma primeira ajuda, mas ela passou mal e chamou o socorro”, afirma o policial civil.
Dado o cenário, a Polícia Civil informa que o homem foi liberado pela falta de provas. “Ele contou que ela foi agredida por outra pessoa em outro local. Considerando, então, que não tinha nenhuma prova contra o companheiro da vítima, a prisão dele não foi ratificada", esclarece Diniz.
"Agora, a polícia tem duas linhas de investigação: uma ainda é o companheiro da vitima e a outra com pessoas que teriam agredido ela no bairro de Fátima”, ressalta.