Depois do pontapé inicial, na última sexta-feira, com a vacinação do pequeno Davi Xavante, de oito anos, avança no país a imunização de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19. A expectativa é de que a Pfizer entregue até 20 milhões de doses até o fim de março.
O calendário da vacinação pediátrica foi aberta oficialmente em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Goiânia, Porto Velho, Curitiba, Manaus, Maceió, Macapá e Rio Branco. Para hoje, está previsto para começarem as aplicações em Natal e, amanhã, em Porto Alegre. Na quinta-feira, é a vez de Palmas distribuir as doses infantis.
Em outras capitais, a campanha de vacinação começou no final de semana. No último sábado, Florianópolis, Belo Horizonte, Campo Grande, Salvador, São Luís, Fortaleza, Aracaju, Vitória e Recife vacinaram as primeiras crianças contra a covid-19. No domingo, foi a vez das crianças do Distrito Federal e de João Pessoa receberem as doses a que têm direito.
Mas há capitais que estão ficando para trás. É o caso de Terezina e Cuiabá, onde os cadastros foram aberto para os pais inscreverem seus filhos. Porém, da secretarias de Saúde ainda não decidiram o calendário para aplicação.
Logística ruim
Após problemas causados pela empresa contratada pelo Ministério da Saúde para realizar a entrega de vacinas pediátricas, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que, além de cobrar explicações da pasta sobre o ocorrido, vai acionar o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a chegada dos imunizantes dentro dos prazos.
“Por que uma empresa sem experiência foi contratada, sem licitação, para transportar vacinas? Vamos acionar o TCU e também o STF, para que determine ao governo que garanta a chegada das vacinas nos prazos previstos”, afirmou.
A gestão do ministro Marcelo Queiroga contratou a Intermodal Brasil Logística para o transporte de vacinas pediátricas. Apesar do contrato com o ministério, a empresa não tinha experiência prévia para executar a logística de imunizantes no serviço público.
Os contratos com a empresa, no valor de R$ 62,2 milhões, foram assinados em dezembro com dispensa de licitação. Estados como Santa Catarina, Pernambuco, Paraná e Paraíba relataram problemas nas entregas. Alguns reclamaram que as doses chegaram com atraso ou em condições inadequadas de armazenamento e transporte. (GC e MEA)