O Ministério da Saúde pediu, ontem, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que libere a comercialização e o uso do autoteste para detectar a infecção pela covid-19. O autodiagnóstico é utilizado em diversos países da União Europeia e nos Estados Unidos, mas proibido no Brasil.
Com o pedido, a Anvisa avaliará se aprova a utilização do teste por pessoas sem habilitação — a aplicação até agora é feita apenas por profissionais de saúde. De acordo com a nota técnica da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do ministério, o objetivo da regulamentação é expandir a detecção da doença para direcionar os esforços na contenção da pandemia.
"O uso de autoteste TR-Ag pode ser uma excelente estratégia de triagem, pois, devido ao curto tempo para o resultado, pode-se iniciar rapidamente o isolamento dos casos positivos e as ações para interrupção da cadeia de transmissão. Acredita-se que a prevenção e o controle de surtos dependem, cada vez mais, da frequência dos testes e da velocidade de notificação", argumentou a pasta na solicitação remetida à Anvisa.
Na nota técnica, o ministério detalhou qual será o público-alvo do autoteste: qualquer indivíduo, sintomático ou assintomático, independentemente de seu estado vacinal ou idade, que tenha interesse em realizar o diagnóstico por conta própria.