O deslizamento de uma encosta, em Ouro Preto (MG), engoliu dois prédios da cidade histórica, ontem de manhã. O acidente, que ocorreu no Morro da Forca, foi atribuído ao solo encharcado por conta das fortes chuvas que caem no estado, há pelo menos 15 dias. Não há registro de vítimas.
A área atingida, que fica na Rua Doutor Pacífico Homem, no centro histórico, já estava isolada desde que a prefeitura recebeu um alerta de deslocamento de terra. Moradores do local perceberam que o talude estava cedendo e acionaram os bombeiros minutos antes.
Com mais esse desastre provocado pelas tempestades, Minas tem, no momento, 341 municípios — inclusive Ouro Preto — em situação de emergência. O estado já contabiliza 25 mortes, 4.047 desabrigados e 26.492 desalojados.
Para tentar diminuir o estragos causado pelos deslizamentos e enchentes nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro vai liberar R$ 2,3 bilhões para obras de reconstrução de estradas e cidades atingidas pelas chuvas. O acerto foi feito, ontem, 13, entre o Palácio do Planalto com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Os recursos serão direcionados para os ministros de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas — que levará R$ 1 bilhão —, e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho — cuja pasta receberá R$ 1,3 bilhão.
Nos últimos dias do ano passado, o governo tinha editado uma medida provisória abrindo crédito de R$ 200 milhões para o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) depois da tragédia na Bahia, onde enchentes deixaram mortos e milhares de pessoas desabrigadas. Na época, os políticos aliados criticaram o valor e alertaram Bolsonaro que seria preciso ampliar os recursos. O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), cobrou o repasse de R$ 2 bilhões.
Com os dois créditos, sobe para R$ 2,5 bilhões o socorro do governo federal para obras de reconstrução. Esse dinheiro poderá ser usado em qualquer estado atingido pelas fortes chuvas desse verão.