O Píer Mauá, na zona portuária da capital fluminense, estima que, até o próximo dia 21, a cidade deixará de receber aproximadamente 25 mil turistas e uma injeção de US$ 7,5 milhões na economia devido à suspensão temporária de navios de cruzeiros nos portos brasileiros por causa do número de infectados por covid-19 entre passageiros e tripulantes registrado em cinco embarcações.
Na segunda-feira (3), a Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros anunciou a suspensão voluntária das operações nos portos do Brasil até 21 de janeiro. A medida foi tomada após recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contraindicando embarques em cruzeiros neste momento, depois do surgimento de surtos da covid-19 a bordo das embarcações que operam na costa brasileira.
Em nota, a administração do Píer Mauá disse que todos os usuários precisam apresentar o comprovante de vacinação para entrar no terminal, assim como uso de máscara e a utilização de álcool gel. "Para o caso de passageiros e tripulantes, os protocolos são ainda mais exigentes: todos precisam apresentar testes negativos no prazo de 72 horas. Já os funcionários do Píer Mauá, começaram a ser testados 100% em dias de operações", diz o comunicado.
Segundo o terminal, os protocolos da Anvisa para os cruzeiros são muito mais rigorosos que para a maioria dos outros equipamentos turísticos. "A disseminação da nova variante [Ômicron], infelizmente, já é realidade em todo país. Entretanto, acredito que na atividade de cruzeiros, até mesmo pela capacidade de testagem e demais controles, antes e durante a viagem, os riscos são controlados e mitigados", disse o diretor de operações do Píer Mauá, Américo Relvas.