Queiroga alerta para ômicron

Correio Braziliense
postado em 28/01/2022 00:01

Com o aumento vertiginoso nos casos da covid-19 e da taxa de ocupação de leitos de UTI por pacientes infectados, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, ontem, que a variante ômicron não deve ser menosprezada. Ele reconheceu, também, a pressão no sistema de saúde que diversos estados vêm sofrendo. Mas acredita que o impacto da nova cepa no Brasil será semelhante ao de países da Europa, onde os casos explodiram, mas não houve uma disparada nas mortes.

Mais uma vez, o número de óbitos provocados pela covid-19 voltou a bater recorde: 672 nas últimas 24 horas, segundo o levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Entre quarta-feira e ontem, o registro de infectados foi de 228.954. O país totaliza 625.085 vidas perdidas para o novo coronavírus e 27.764.838 casos confirmados.

"A ômicron rapidamente se disseminou no mundo inteiro e não deve ser menosprezada, apesar de sabermos que alguns casos são menos complexos do que os causados por outras variantes", afirmou no discurso de abertura da 1ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite deste ano.

Campanha

Para o ministro, o estágio da campanha de vacinação contra a covid-19 é o que pode ajudar o Brasil a diminuir os danos da nova cepa. "Esse perfil de vacinação faz acreditar que o impacto da ômicron no Brasil pode ser parecido com o que está acontecendo no Reino Unido, em Portugal e na Espanha, onde os casos também explodiram, mas não houve incremento forte de óbitos", disse.

O país tem atingido, seguidamente, recordes de mortes por covid-19 e, nesta semana, voltou a ultrapassar a marca dos 300 óbitos. A última vez em que a média móvel superou três centenas de vidas perdidas foi em 1º de novembro, quando registrou 303.

Esse patamar voltou a ser atingido depois de o país observar o aumento do número de casos de infecções confirmadas pelo novo coronavírus. O acréscimo visto desde o início do ano pressiona sistemas de saúde e o próprio ministro reconhece isso — no Distrito Federal, por exemplo, as internações nas UTIs destinadas ao tratamento dos infectados com covid alcançou 100% de ocupação.

"Pelo menos uma dezena de estados, nós já temos leitos de terapia intensiva ocupados em um percentual superior a 70%", admitiu. (MEC)

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