O Ministério da Saúde retirou nesta quarta-feira (26/1) a tabela que colocava em dúvida a segurança e a efetividade das vacinas contra covid-19 da nota técnica publicada na última semana. A nota justifica a portaria que defendeu a manutenção do chamado kit covid, que contém medicamentos reconhecidamente sem eficácia contra o novo coronavírus, no tratamento de pacientes infectados.
A parte do documento que suscitava dúvidas a respeito dos imunizantes contra a doença é uma tabela que comparava informações de diferentes tecnologias utilizadas na prevenção e no tratamento do vírus.
A tabela em questão indica que estudos demonstraram haver efetividade e segurança no uso de hidroxicloroquina no tratamento contra a covid-19, hipótese já amplamente discutida e descartada pela comunidade científica.
A informação dada era de que os imunizantes não possuem a efetividade e nem a segurança demonstradas em estudos, o que não é verdade. Todos as vacinas aplicadas no Brasil foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e passaram por estudos prévios.
Orientação ignorada
A tabela foi retirada do documento. No entanto, a decisão de rejeitar a orientação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec) para não utilizar medicamentos do chamado kit covid para tratamento em pacientes do SUS infectados com a covid-19 permanece.
Na prática, a decisão mantém o país sem uma recomendação oficial de como atender aos pacientes infectados, após quase dois anos de pandemia.
Saiba Mais
- Ciência e Saúde Dois terços de infectados pela ômicron dizem já ter tido covid antes, indica pesquisa
- Brasil Fiocruz aponta piora na ocupação de leitos de UTI por covid-19 no SUS
- Cidades DF Covid-19: pico de casos deve ocorrer até a metade de fevereiro, diz Ibaneis
- Cidades DF Covid-19: Taxa de ocupação de leitos de UTI está em 96% no DF
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.