Um condutor de balsas foi agredido por um morador da Barra da Tijuca (RJ) por solicitar que ele mantivesse a máscara de proteção facial durante a travessia pelo Canal de Marapendi. O trabalhador foi empurrado, arremessado para fora da embarcação e teve que nadar na água do local, que é imprópria para banho. A queda lhe rendeu ferimentos no braço e na perna. O caso ocorreu no domingo (23/1).
Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, é possível ver o condutor, Paulo Henrique, nadar para chegar a outra embarcação. O dono do registro repreende o agressor e diz que o barqueiro "apenas estava trabalhando". É possível ouvir o homem que arremessou Paulo gritar, bastante nervoso, e dizer que o barqueiro o agrediu primeiro. No entanto, o dono do registro fala que isso não ocorreu.
De acordo com testemunhas, logo depois da agressão, o homem que arremessou o trabalhador para fora assumiu o leme da embarcação e chegou a manobrar a balsa. Veja o vídeo do momento após o barqueiro ser arremessado:
Em entrevista ao RJ1, da rede Globo, o condutor contou que o homem se irritou após ele pedir que mantivesse a máscara, obrigatória para todos os moradores da região que precisam ser transportados pelo canal.
“Ele conversou comigo de boa, não tava nervoso, e ele perguntou se ele precisava usar mesmo. Eu disse que eu era apenas o empregado e a administração era o empregador e eu só estava cumprindo ordens. Mostrei o comunicado, o informativo, que diz que dentro do barco o uso da máscara é necessário”, explica Paulo.
“Do nada ele me deu um empurrão, eu me segurei pra tentar me reerguer, ele me pegou pelas pernas e me jogou dentro d’água”, acrescentou. Paulo afirma que vai registrar o caso na delegacia da Barra da Tijuca.
A presidente da associação de moradores da região, Luana Nogueira, afirma que já sabe a identidade do agressor e que ele mora no Mediterrâneo Flat. Ela também afirmou que Paulo trabalha há muito tempo no condomínio e é “extremamente educado e respeitoso com os moradores”.
O Canal de Marapendi separa alguns condomínios da Barra com outra quadra de acesso à praia. A travessia é feita, prioritariamente, por meio de balsas. A outra opção é atravessar a pé ou de carro uma ponte um pouco distante do local.
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