Diante do aumento de casos positivos da covid-19 e, consequentemente, da ocupação de leitos de UTI (unidade de terapia intensiva) destinados para pacientes infectados pelo novo coronavírus no país, o Ministério da Saúde anunciou que irá custear 14.254 leitos em todo país por mais 30 dias.
A medida foi definida junto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e de municípios (Conasems) e a renovação do custeio deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) nos próximos dias.
A pasta da Saúde indicou ainda que continua avaliando a situação epidemiológica no Brasil e que avaliará uma nova prorrogação, caso seja necessária. O último boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), relativo ao período de 2 a 15 de janeiro, mostrou que a situação dos leitos de UTI covid-19, de forma geral, piorou.
Ao todo, 11 unidades da Federação estavam na zona de alerta intermediário, com taxas de ocupação iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%. Outros quatro estados na zona de alerta crítico, com taxas acima de 80%.
O governador do Piauí e coordenador da temática de vacina e enfrentamento à covid-19 no Fórum Nacional de Governadores, Wellington Dias, julgou a decisão do governo federal como "acertada". "Importante decisão para um momento em que vários estados e municípios tem muitas regiões de saúde, com elevado número de pacientes e não só para covid, mas também outras doenças", agradeceu.
Além de estender o tempo de custeio dos leitos, o Ministério da Saúde irá transformar 6,5 mil leitos de UTI para pacientes com covid-19 em leitos para atendimento convencional. No entanto, isso só irá acontecer após a prorrogação, quando a ocupação das unidades destinadas para tratamento da covid-19 diminuir.
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