O estado de São Paulo vacinou a primeira criança contra a covid-19 com a CoronaVac nesta quinta-feira (20/1), horas depois de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar, por unanimidade, o uso emergencial do imunizante em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos (não imunocomprometidas).
O pequeno Caetano de Jesus Martins Moreira, de nove anos, foi a primeira criança brasileira a receber o imunizante produzido pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac. “Inclusive, eu tomei a vacina da gripe recentemente. É só uma picada”, disse o garoto, em um evento simbólico realizado em uma escola estadual na capital paulista.
Segundo o governador João Doria (PSDB), que prometeu hoje vacinar todas as crianças do estado com a primeira dose em três semanas, 100 crianças serão vacinadas na Escola Estadual Brigadeiro Faria Lima, na Zona Oeste da capital, ainda nesta quinta. No momento, há 274 unidades de ensino autorizadas pela Secretaria de Estado da Educação e 11 Prefeituras da Grande São Paulo e interior para apoio à campanha de vacinação nos 5,2 mil postos das 645 cidades paulistas. De acordo com o governo estadual, as escolas selecionadas são de fácil acesso e também possuem espaços adequados para receber crianças com comorbidades ou deficiências.
Atualmente, o calendário vacinal infantil do estado contempla apenas crianças com comorbidades, quilombolas e indígenas, com as doses da vacina Pfizer — a Anvisa aprovou o uso no público infantil no ano passado. Agora, com a aprovação da CoronaVac, o cronograma estadual de vacinação foi atualizado para vacinar também crianças sem comorbidades.
Doria confirmou o prazo de três semanas para aplicação da dose inicial contra a covid-19 em todas as 4,3 milhões de crianças de São Paulo. Após o aval da Anvisa, haverá uso imediato de 8 milhões de doses da CoronaVac nos 645 municípios paulistas. Outros 7 milhões de vacinas serão oferecidas a estados e Prefeituras que tiverem interesse no imunizante do Instituto Butantan.
“É mais um momento histórico em defesa da ciência e da vida este início da vacinação com a CoronaVac, a vacina do Butantan, de crianças de seis a 11 anos”, afirmou Doria. “Quero cumprimentar e agradecer à Anvisa pela postura em defesa da vida, da existência e do direito dos brasileiros de optarem pela vacina para sua proteção e de seus filhos”, acrescentou.
São Paulo foi o primeiro estado do Brasil a iniciar a vacinação infantil contra o coronavírus, no último dia 14, horas após receber doses pediátricas do imunizante da Pfizer via Ministério da Saúde. Até então, a vacina era a única liberada pela Anvisa.
O governo paulista já informou ao Ministério da Saúde que o Instituto Butantan pode firmar um novo contrato de fornecimento de doses ao PNI (Plano Nacional de Imunizações). Em 2021, 100 milhões de doses da CoronaVac abasteceram o país desde o dia 17 de janeiro, quando São Paulo iniciou a vacinação em todo o Brasil.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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