O Brasil registrou, nas últimas 24h, 204.854 novos casos de covid-19, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), divulgados ontem. Além de superar pela primeira vez na pandemia os 200 mil casos do novo coronavírus em um só dia, o total é o novo recorde, superando os 150.106 casos de 18 de setembro de 2021.
O total entre a terça-feira e ontem é 2,34 vezes maior do que o registrado uma semana atrás — em 12 de janeiro foram 87.471 novos casos. A média móvel de novos casos nos últimos sete dias beirou 100 mil, com 99.974, também a maior desde o início da pandemia, em fevereiro de 2020. O total de notificações de covid-19 chega a 23.416.748 desde o início da crise sanitária, de acordo com o Conass.
O levantamento do conselho, que compila números passados pelas secretarias de Saúde dos 26 estados e do Distrito Federal, não incluiu os do Rio de Janeiro por problemas técnicos. Apontou, ainda, 338 mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24h — 2,54 vezes superior ao total de uma semana atrás, com 133 mortes.
A média móvel de sete dias foi a 212 óbitos, ante 183 da terça-feira, e 123 vidas perdidas para a covid-19 de média móvel em 12 de janeiro. Com isso, o país acumula 621.855 mortes para o novo coronavírus.
Autoteste
Apesar do aumento no registro de casos de infecção, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou, ontem, que o Ministério da Saúde complemente as informações e defina uma política pública para o autoteste contra a covid-19. Há a preocupação de que os casos positivos, detectados pelo autoexame, deixem de ser comunicados e distorçam as estatísticas da pandemia.
A Anvisa também quer do ministério uma definição sobre o acesso, pois a diretoria defende que os autotestes deveriam estar à disposição de todas as camadas da sociedade. A agência não quer que se repita o que aconteceu com os exames de farmácia, que não tiveram a demanda esperada devido ao alto custo.
A Anvisa também suspendeu, ontem, o registro do spray Taffix, remédio antiviral da biofarmacêutica israelense Nasus Pharma. A justificativa: "não foram apresentados estudos clínicos que comprovem eficácia para esse fim" (o uso contra a covid-19).
Planos de saúde
Já a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a inclusão dos testes rápidos para a detecção da covid-19 no rol de procedimentos obrigatórios dos planos de saúde. Assim, todas as operadoras deverão oferecer tais exames para os pacientes sintomáticos, com pelo menos dois sintomas de quadro gripal. Os testes de antígeno dão resultado em 15 minutos e, por isso, são considerados fundamentais para conter a disseminação do coronavírus.
Antes, os planos eram obrigados a cobrir apenas o teste do tipo RT-PCR, cujo resultado demora em média 48 horas, e o de anticorpos — incluído no rol depois de decisão judicial — que aponta se a pessoa esteve doente anteriormente.
*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi
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