Na contramão das declarações do governo federal em relação à necessidade do passaporte vacinal, a cobrança do documento está sendo ampliada por todo o país por conta do avanço da variante ômicron do novo coronavírus. Fernando de Noronha (PE) anunciou que, agora, é necessário comprovar a imunização também com a terceira dose para entrar no território do arquipélago.
No estado do Rio de Janeiro, é cobrado das pessoas acima de 50 anos que desejem ter acesso a ambientes controlados — como eventos, hotéis e restaurantes — estariam triplamente vacinadas. A regra vale, também, para adultos de até 49 anos que receberam a segunda dose há pelo menos quatro meses.
Em Pernambuco, o passaporte começou a ser cobrado de quem quer frequentar bares e restaurantes. Para pessoas de até 54 anos se exige a primeira e a segunda dose, mas, para quem tem 55 anos ou mais, a injeção de reforço é que franqueia a entrada. A determinação será válida, inicialmente, até o dia 31 de janeiro.
Na Bahia, quem quiser fazer viagens pelo transporte rodoviário intermunicipal terá de provar que está vacinada — com as duas ou três doses, dependendo da idade.
O Rio Grande do Norte também adotou medidas para conter o avanço da nova cepa. A partir da próxima sexta-feira, quem quiser frequentar shoppings, bares, restaurantes ou cinemas terá de apresentar o passaporte vacinal completo — com as duas ou três aplicações, conforme a idade.
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Pesquisa Datafolha, divulgada no início da semana, mostrou que 81% dos brasileiros são a favor do passaporte para a entrada em locais fechados como bares, restaurantes e órgãos públicos. O documento é emitido pelo aplicativo ConecteSUS ou por sites e apps ligados aos governos estaduais.
De acordo com a sondagem, os mais favoráveis ao passaporte são mulheres (87%), pessoas com mais de 60 anos (87%), com ensino fundamental completo (86%) e aqueles que ganham até dois salários mínimos por mês (85%). Entre as regiões, o Sudeste estão os cidadãos mais favoráveis ao documento (84%). Quando divididas por profissão, as pessoas identificadas como donas de casa são as mais favoráveis (90%). (Colaborou GB*)
*Estagiárias sob a supervisão de Fabio Grecchi
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