As prefeituras dos municípios de São João Batista da Glória e São José da Barra, da região dos cânions de Minas Gerais, receberam, na quinta-feira (13/01), uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF). O documento orienta que sejam fechados, temporariamente, o acesso de pessoas e embarcações às áreas que possuem características semelhantes ao local onde, no último sábado (08/01), um paredão rochoso deslizou em Capitólio. No acidente, o piloto da lancha e mais nove turistas morreram.
O órgão também pediu que Capitólio mantenha a proibição de acesso às áreas dos cânions de Furnas, Cascata D'água e Mirante dos Canyons. Segundo o MPF, as interdições devem ser mantidas até que seja feito o mapeamento geológico da região, para verificar se há outros pontos de risco de deslizamento ou desprendimento de rochas. Além disso, na quarta-feira (12/01), o órgão solicitou que a empresa Furnas Centrais Elétricas, responsável por gerar energia elétrica no reservatório, apresente o mapa geológico da área e os últimos relatórios de monitoramento, se houver.
Outras apurações sobre a tragédia em Capitólio seguem ocorrendo. Em ofício encaminhado à Marinha, a procuradora Flávia Tavares Torres pede que seja informado no prazo de cinco dias se as embarcações envolvidas no acidente estavam devidamente registradas, se possuíam o seguro obrigatório de danos pessoais em dia e a identificação dos proprietários.
A procuradora pede ainda detalhes sobre como é feito o controle dos passageiros das embarcações de turismo, se há obrigatoriedade de registro de lista de passageiros, com indicação de identidade, idade, origem e contato de emergência a cada viagem e quem faz este controle.
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