A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) considerou "uma perda para a humanidade" a destruição do Casarão Baeta Neves, do fim do século 19, no Centro Histórico de Ouro Preto, na Região Central de Minas. A cidade, antiga Vila Rica, foi a primeira do país reconhecida como Patrimônio Mundial, em 1980.
Em nota, a diretora e representante da Unesco no Brasil, Marlova Noleto, disse que "o desastre ocorrido em Ouro Preto, a primeira cidade brasileira inscrita na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco, constitui uma perda para a humanidade, sendo necessárias ações preventivas e coletivas para a proteção do nosso patrimônio cultural comum, que tem valor excepcional para todo o mundo".
Marlova Noleto explicou que "os cada vez mais frequentes desastres por causas naturais devem nos alertar em relação às mudanças climáticas que já estão acontecendo e nos mobilizar a favor de políticas coordenadas de proteção, mitigação de desastres e planos de gestão adequados".
IMPACTOS A Unesco informou ainda que o escritório de Brasília reportou os fatos ao Centro do Patrimônio Mundial, que acompanha a situação dos sítios declarados patrimônio mundial, e à área de Cultura e Emergências da Sede da organização em Paris, na França. O escritório também está em contato com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), parceiro da Unesco na implementação de importantes projetos de cooperação técnica na área de proteção do patrimônio cultural, para prestar apoio técnico e contribuir com o governo brasileiro no que for necessário.
E mais: "Como agência do Sistema ONU responsável pelo mandato da cultura, a Unesco lamenta profundamente pelos danos causados a esses dois importantes sítios brasileiros inscritos na Lista do Patrimônio Mundial: Ouro Preto, em 1982, e Congonhas, em 1985."
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