A seca, agravada pelas ondas de calor no Sul e no Centro-Oeste brasileiros acarretaram em perdas significativas para o agronegócio. Os prejuízos nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, se somados, chegam a R$ 45,3 bilhões. A situação contrasta com as centenas de cidades de Minas Gerais e Goiás que enfrentam perdas por conta das enchentes e inundações.
As culturas mais atingidas são justamente os principais grãos exportados pelo país: soja e milho. Somente para os produtores gaúchos, as perdas podem ultrapassar R$ 19,7 bilhões, segundo estudo da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (Feco-Agro). O prejuízo no estado do Paraná é calculado em R$ 22,5 bilhões, enquanto Santa Catarina já perdeu R$ 1,5 bilhão. No Mato Grosso do Sul, apenas a quebra na soja já custou R$ 1,6 bilhão.
A estiagem no Rio Grande do Sul fez com que 1 em cada 5 municípios gaúchos decretasse situação de emergência, totalizando 200 cidades com este quadro. Já no Mato Grosso do Sul são 79 os municípios que decretaram estado de emergência, segundo a Defesa Civil.
Um pedido de ajuda foi encaminhado ao governo federal pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Dentre as solicitações estão o crédito emergencial sem juros, flexibilização de garantias e ampliação automática do vencimento das operações vencidas por 180 dias. As medidas visam o curto prazo, devido ao impacto das perdas das lavouras para o sustento dos agricultores.
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