Penitenciária

Diretores de penitenciária são afastados após presos terem "farra sexual"

A investigação descobriu que durante visitas no pátio da prisão de Bangu 4, detidos de alta periculosidades usavam o banheiro para ter relações sexuais

Helena Dornelas*
postado em 11/01/2022 17:59 / atualizado em 11/01/2022 18:04
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

O diretor e o subdiretor da penitenciária Jonas Lopes de Carvalho, conhecido como Bangu 4, do Complexo Penitenciário de Gericinó, foram afastados pela Vara de Execuções Penais do Rio. A medida ocorreu na última segunda-feira (10/1), após a comprovação de que pelo menos 12 presos receberam visitas íntimas no dia 23 de dezembro sem terem o benefício autorizado. 

A investigação verificou que, durante as visitas que ocorriam no pátio da penitenciária, presos usavam o banheiro para manter relações sexuais, o que é proibido. Nove dos doze presos foram identificados, todos considerados de alta periculosidade, como ex-chefes de uma das facções criminosas do Rio de Janeiro.

No dia 23, o diretor e o subdiretor tinham determinado que os policiais de plantão fossem realocados em outras unidades, como mostram as gravações recolhidas pela Vara.

De acordo com a Vara de Execução Penal os presos pagaram R$3 mil aos policiais penais para terem as visitas, o que também está em investigação.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap), informou que houve instauração de uma investigação interna sobre o caso e que o diretor e o subdiretor foram exonerados e os nove presos identificados foram transferidos para a penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pelegrino, Bangu 1.

*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori

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