O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta sexta-feira (7/1), não ser 'fiscal de dados do ministério' ao ser questionado sobre o vazamento de dados pessoais de médicos que participaram da audiência pública sobre vacinação infantil.
Três profissionais que participaram da discussão promovida pelo Ministério da Saúde, na última terça-feira (4), tiveram seus dados pessoais vazados na internet e compartilhados em grupos bolsonaristas. As informações estavam contidas em documentos do próprio ministério.
Durante entrevista coletiva, Queiroga disse que não participou da audiência pública sobre a vacinação pediátrica e que nada foi feito 'dentro do ministério'. A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), apoiadora do presidente Jair Bolsonaro, admitiu que repassou as informações pessoais dos especialistas em grupos de WhatsApp.
Os médicos, que argumentaram em favor da imunização de crianças e sem a necessidade de apresentar prescrição médica, vêm sofrendo ataques e ameaças desde o vazamento.
“Compartilhei em um grupo de zap [Whatsapp] de médicos. Quando me avisaram no Ministério da Saúde que alguém havia postado, pedi imediatamente que quem o fez removesse. Mas o ministério me informou que os documentos iriam para o site. Por isso, entendi que eram públicos”, justificou Kicis.
Já Queiroga afirmou não saber como a parlamentar teve acesso aos documentos. “Os conflitos de interesse de qualquer um que participa de discussões relativas a políticas públicas têm que ser declarados e têm que ser publicados. Eu não estava na audiência pública, você tem que questionar a deputada Bia Kicis”, declarou.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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