Após Rio de Janeiro, Ouro Preto e Salvador, ontem foi a vez de a prefeitura do Recife cancelar a realização do tradicional carnaval de rua. A medida ocorre devido ao quadro atual da covid e ao aumento de infecções pelo vírus influenza. Uma decisão sobre o assunto na cidade de São Paulo é esperada para hoje, mas 32 blocos já cancelaram ao menos 41 desfiles, e associações de rua lançaram manifesto contrário.
Em ao menos 11 capitais a prefeitura não patrocinará o carnaval de rua: Belém, Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Recife, Rio, Salvador e São Luís.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse, ontem, que a decisão sobre o carnaval de rua caberá às prefeituras, mas se posicionou contrário à realização. "Não é o momento para aglomerações dessa ordem. Portanto, a recomendação é evitar que aconteça", frisou. Por sua vez, João Gabbardo, coordenador executivo do Comitê Científico do Estado, disse considerar "impensável manter o carnaval (de rua) nestas condições". "Mesmo o carnaval de desfile, nós temos de ter uma preocupação, porque essas pessoas, para chegar ao local de desfile, vão se aglomerar no transporte coletivo, vai ter aglomeração na entrada, na saída. E isso sempre é um risco", argumentou.
Após anunciar a proibição em Olinda (PE), o prefeito da cidade, Professor Lupércio (Solidariedade), frisou que seria uma "irresponsabilidade muito grande" promover festividades públicas neste momento, uma vez que o local recebe, em média, quatro milhões de foliões de cerca de 80 países.
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