O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (5/1) as regras para a vacinação contra a covid-19 de crianças entre 5 a 11 anos e confirmou que não vai exigir receita médica para imunização. Segundo a pasta, o primeiro lote de vacinas para o grupo pediátrico deve chegar ao Brasil no próximo dia 13. Já a distribuição aos estados deve começar no dia seguinte.
O ministro Marcelo Queiroga aproveitou a coletiva para destacar as diferenças do imunizante utilizado para a faixa-etária. “Essa faixa etária merece uma ênfase especial até porque esse público precisa ser atendido por vacina específica. Essa vacina foi desenvolvida pela Pfizer/Biontech, uma vacina que tem dosagem equivalente da vacina aplicada nos adultos. Isso foi testado em ensaios clínicos e logrou sucesso em agências sanitárias respeitáveis a exemplo do FDA, nos Estados Unidos, e a exemplo da Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Agora, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) atestou a segurança regulatória”, explicou o ministro.
Na verdade, a vacina da Pfizer/Biontech recebeu o registro da Anvisa ainda no ano passado, no dia 16 de dezembro.
Sobre a vacinação em crianças, a pasta salientou as seguintes orientações:
- A vacinação será em ordem decrescente, ou seja, começará pelas crianças mais velhas, de 11 anos, para as mais novas, de 5 anos, com prioridade para quem tem comorbidade ou deficiência permanente e para crianças quilombolas e indígenas;
- As duas doses da vacina serão aplicadas em intervalo de 8 semanas (dois meses), um prazo maior do que o de 21 dias previsto na bula. Segundo Rosa Leite Melo, secretária de enfrentamento da covid-19, esse período maior traz mais segurança e diminui as chances de efeitos adversos;
- O Ministério da Saúde orienta que os pais busquem recomendação prévia médica antes da imunização, mas não há exigência de receita médica para aplicar a vacina;
- Haverá prioridade para quem possui comorbidade ou deficiência permanente. Crianças que vivem em lar com pessoas com alto grau de desenvolvimento de covid-19 de alto risco também terão prioridade;
- A autorização por escrito será necessária apenas se não houver pai, mãe ou responsável presente no momento da aplicação do imunizante.
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