Vacinação

Secretária da Saúde diz que vacina contra covid-19 para crianças é segura

Afirmação foi feita em nota técnica enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e assinada pela secretária de enfrentamento a covid-19, Rosada Leite

A secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19, Rosana Leite de Melo, afirmou que a vacina contra o vírus da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos é segura em uma nota técnica enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF). A afirmação contraria as declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, que indica que ainda existe uma "interrogação enorme" em relação a supostos efeitos colaterais do imunizante. 

Na nota enviada ao STF, a secretária Rosana indica que "nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada" e que o imunizante passou por diversos testes antes da aprovação. "Antes de recomendar a vacinação [contra a] covid-19 para crianças, os cientistas realizaram testes clínicos com milhares de crianças e nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada", diz a secretária na nota técnica.

Em 16 de dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o registro da vacina da Pfizer para o público pediátrico atestando a qualidade e segurança deste imunizante. Rosana Leite também fez menção à análise da Anvisa ao informar que a agência avaliou a vacina "de forma rigorosa e com toda a cautela necessária".

Mas mesmo com o aval da Anvisa, o Ministério da Saúde ainda não incorporou a vacina da Pfizer para crianças na campanha de vacinação contra a covid-19. A pasta realiza uma consulta pública desde a última quinta-feira (23/12) para ouvir a sociedade civil a respeito da imunização do grupo pediátrico. Somente em 5 de janeiro, a pasta formalizará sua decisão.

Prescrição médica

A sugestão do Ministério da Saúde é que a vacina seja indicada para crianças desde que estas tenham prescrição médica para tomar o imunizante. Além disso, seria necessário a assinatura de um termo de consentimento dos pais. 

Diante da sugestão do Ministério da Saúde, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, apontou um prazo de cinco dias, na última sexta-feira (24/12), para que o governo federal dê explicações sobre a decisão de permitir a vacinação apenas sob prescrição médica em crianças entre 5 e 11 anos.

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