Vacinação contra covid-19

Anvisa conclui que ainda faltam dados para avaliar CoronaVac para crianças

Com isso, o prazo de 30 dias para análise do pedido feito pelo Instituto Butantan fica pausado até que a instituição responda as dúvidas que a Anvisa enviará

Após promover uma reunião com representantes do Instituto Butantan e especialistas representantes de sociedades médicas do Brasil para debater o pedido de autorização do uso da vacina CoronaVac em crianças, os técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluíram, nesta terça-feira (21/12), que ainda faltam informações para que a equipe avalie o pedido feito pelo instituto paulista.

Dessa forma, a agência enviará ao Butatan uma série de questionamentos que ainda não estão presentes no processo e que impedem a conclusão da análise da Anvisa sobre a vacina. Com isso, o prazo de 30 dias para análise do pedido do Butantan fica pausado até que o instituto responda as dúvidas da Anvisa.

"Após a reunião com os especialistas e considerando a necessidade de maiores informações, a equipe conclui pela necessidade de emissão de exigência ao Butantan para a apresentação de informações ausentes no processo", informou a Anvisa em nota. 

A reunião, que foi dividida em dois momentos, ouviu representantes de sociedade médicas, em uma segunda parte, após o Butantan apresentar os dados disponíveis sobre os estudos do uso da CoronaVac em crianças.

Os especialistas externos avaliaram que "há lacunas importantes nos dados apresentados pelo Butantan que ainda impedem afirmar de forma científica o grau de imunidade gerado nas crianças e adolescentes". 

Em agosto, a Diretoria Colegiada da Anvisa, negou, por unanimidade, o mesmo pedido “por causa da limitação de dados dos estudos apresentados naquele momento". Na avaliação do técnicos, "praticamente não houve mudança em relação aos dados" do pedido indeferido e o pedido mais recente.

Pfizer

Na última semana, o órgão regulador brasileiro aprovou a vacina da Pfizer para criança de 5 a 11 anos. No entanto, até o momento, o Ministério da Saúde não indicou que indicará o imunizante para o público pediátrico. 

A aprovação ocorreu após os diretores e servidores da agência terem sofrido ameaças diante da possibilidade da aprovação do imunizante para o público pediátrico. O ambiente hostil se intensificou quando de fato a aprovação foi realizada. Os servidores têm sofrido, desde então, os mais diversos ataques e represálias por parte do governo de Jair Bolsonaro e aliados.

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