O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) manifestou apoio à decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em aprovar nesta quinta-feira (16/12) o uso da vacina contra a covid-19 da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para dar início à vacinação nesta faixa etária, os secretários cobraram uma posição do Ministério da Saúde, que ainda precisa comprar os imunizantes, já que para este público específico são indicadas vacinas diferentes daquelas que já estão em uso no Brasil.
"Tendo em vista que para dar início à vacinação nesta faixa etária será necessária formulação específica desta vacina com um terço da fórmula 'padrão' (10 microgramas por dose), o Conass aguarda posicionamento do Ministério da Saúde quanto à sua aquisição, o que é de sua competência", indicou a nota do conselho divulgada nesta quinta-feira.
Mais cedo, o Correio apurou que a pasta já tem planos para comprar doses do imunizante e pretende incluir este público-alvo na campanha de vacinação contra a covid-19.
Ainda que exista a intenção do Ministério da Saúde em adquirir a vacina da Pfizer para crianças, a pasta também pode ter, em um futuro próximo, a vacina CoronaVac como opção de imunizante para crianças. Nesta quarta (15), o Instituto Butantan fez um novo pedido para que a Anvisa avalie o uso da CoronaVac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos.
A nota do Conass também informa que os secretários aguardam com expectativa o processo de avaliação da ampliação da faixa etária permitida para utilizar a CoronaVac. Segundo o Conass, a vacina produzida pelo Butantan no Brasil já é "amplamente utilizada em outros países, com disponibilidade imediata no Brasil".
Mesmo sem aprovação da Anvisa, o governo do estado de São Paulo reservou 12 milhões de doses da CoronaVac com o objetivo de aplicar o imunizante em crianças de 3 a 11 anos. Desde janeiro, a CoronaVac está autorizada para uso emergencial no Brasil para pessoas com 18 anos de idade ou mais. A vacina produzida pelo Butantan foi a primeira a ser aplicada no país.
O Conass reforçou que apesar de o risco da covid-19 ser menor nessa faixa etária, "nenhuma outra doença imunoprevenível causou tantos óbitos em crianças e adolescentes no Brasil em 2021".
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