Após São Paulo confirmar três infecções, o Rio de Janeiro investiga um caso suspeito da variante ômicron na cidade. Trata-se de uma passageira que desembarcou da África do Sul no último dia 21. O voo também fez escalas em Joanesburgo, Etiópia e São Paulo, antes de chegar à capital fluminense. A informação foi confirmada pelo secretário estadual de Saúde, Daniel Soranz, em um evento da prefeitura nesta quarta-feira (1º/12).
A amostra do exame da paciente de 29 anos está em análise na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo Soranz, a mulher entrou no país com um teste negativo. Mesmo sem sintomas, ela precisou refazer o teste alguns dias depois, e o resultado deu positivo.
“A gente tem uma paciente que chegou de Johanesburgo no dia 21 de novembro. O exame dela foi negativo na data, mas no dia 29 ela realizou outro teste de PCR de rotina para trabalho, e esse teste de PCR deu positivo. A gente colheu uma nova amostra ontem à noite (30), enviamos essa amostra para a Fundação Oswaldo Cruz hoje pela manhã", disse o secretário.
De acordo com a Secretaria de Saúde, a paciente já havia tomado as duas doses do imunizante da Pfizer contra a covid-19, ainda no Brasil.
São Paulo
O Instituto Adolfo Lutz e a Secretaria de Saúde de São Paulo confirmaram nesta quarta-feira (1º/12) o terceiro caso da variante ômicron no Brasil. O paciente, que tem 29 anos, é proveniente da Etiópia e desembarcou no Brasil no último sábado (27). Assintomático, o paciente fez um teste ainda no aeroporto, de acordo com a secretaria.
“O homem de 29 anos foi testado no aeroporto ao desembarcar no país e não apresentava sintomas. Ele é vacinado com as duas doses do imunizante da Pfizer e está bem. Está em isolamento domiciliar desde o último sábado e está sendo acompanhado pela vigilância do município de Guarulhos, local que reside”, afirmou em nota.
Os dois primeiros casos da ômicron no Brasil foram um homem de 41 anos e uma mulher de 37 anos, vindos da África do Sul. O casal testou positivo para o novo coronavírus no dia 25 de novembro. Ambos foram vacinados com a dose única da Janssen ainda no país africano.
Todos os pacientes confirmados com a nova variante foram imunizados, mas isso não significa que as vacinas não possuem eficácia contra a nova cepa. As principais farmacêuticas e laboratórios produtores de vacinas contra o novo coronavírus estão testando os próprios imunizantes para saber se há algum escape imunológico da variante ômicron.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro