Com a entrega de 6 milhões de doses de vacina contra a covid-19 nesta quinta-feira (30/12), a Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, completou o fornecimento de 38 milhões de doses, previsto no acordo firmado com o Ministério da Saúde para 2021. A utilização do imunizante será feita de acordo com Programa Nacional de Imunização (PNI).
O Brasil recebeu outras 3 milhões de doses, em junho, doadas pelo governo dos Estados Unidos, oriundo de um acordo bilateral estabelecido entre os governos dos dois países que não fazem parte da compra firmada com o Ministério da Saúde.
A vacina da Janssen foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial no Brasil em março de 2021 para imunização em indivíduos a partir de 18 anos de idade, apoiada pelos dados de eficácia e segurança do ensaio clínico de Fase 3, realizado com 43.783 participantes em oito países, incluindo o Brasil.
Neste mês, a Janssen realizou o pedido formal junto à Anvisa para o registro definitivo da vacina contra o novo coronavírus no Brasil para imunização primária ou como dose de reforço. Em novembro, a companhia já havia submetido um pedido para ampliação da Autorização de Uso Emergencial do imunizante como dose de reforço. O dossiê, em avaliação pela agência, contém dados sobre a dose de reforço homóloga em adultos a partir de 18 anos no mínimo dois meses após a vacinação primária com a vacina de dose única da companhia ou como dose de reforço heteróloga após a conclusão da vacinação primária com vacinas mRNA.
Proteção contra a Ômicron
Um estudo conduzido pelo Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul revelou que duas doses da vacina produzida pela Janssen reduziram em 85% o risco de internação por complicações relacionadas à variante Ômicron do coronavírus.
A diminuição na necessidade de hospitalização aconteceu entre pacientes que tomaram a injeção de reforço de um a dois meses após a primeira. Nos casos em que o intervalo entre as doses foi de até duas semanas, a redução do risco caiu para 63%. Quando a diferença foi entre 14 e 27 dias, a queda foi de 84%, de acordo com os testes.
*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori
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