Vacinação contra covid-19

DF e outros estados não irão pedir prescrição médica para vacinar crianças

Estados seguem posicionamento do Conass, que informou que, para vacinação de crianças, "não será necessário nenhum documento médico"

Maria Eduarda Cardim
postado em 25/12/2021 21:47
 (crédito: Rodrigo Buendia/AFP )
(crédito: Rodrigo Buendia/AFP )

Ainda que o Ministério da Saúde defenda que a vacinação contra a covid-19 de crianças de 5 a 11 anos só ocorra mediante apresentação de prescrição médica e termo de consentimento assinado pelos pais, diversos estados e municípios já começaram a se manifestar contra a medida. No Distrito Federal e em outros estados o pedido médico não será cobrado no ato de vacinação das crianças. 

O secretário de Saúde do estado do Espírito Santo, Nésio Fernandes, por exemplo, informou que irá seguir o posicionamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que informou na sexta que, para vacinação de crianças, “não será necessário nenhum documento médico”.

“Nossa posição é clara. Vacina para doença infectocontagiosa é estratégia de saúde coletiva, não é atividade de prescrição ambulatorial”, criticou a ideia do governo federal.

No Distrito Federal, as crianças de 5 a 11 anos também não vão precisar apresentar atestado médico para se vacinarem contra a covid-19. A decisão foi confirmada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) ao Correio. "Vamos aguardar a disponibilidade das vacinas", comentou o chefe do Executivo local sobre os detalhes da vacinação dos pequenos.

Quem também refutou a ideia de cobrança de prescrição médica para vacinar crianças foi o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. O governo do estado do Rio de Janeiro ainda não se pronunciou. Já o governo do estado de São Paulo disse "não há tal exigência para as estratégias de vacinação em SP". 

Carta

Ao contrário do que indica o governo, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) informou ontem que "não será necessário nenhum documento médico" para recomendar que as crianças tomem a vacina quando a imunização deste grupo for iniciada no país. A carta assinada pelo secretário de saúde do Maranhão e presidente do Conass, Carlos Lula, é endereçada diretamente às crianças do Brasil.

"No lugar de dificultar, a gente procura facilitar a vacinação de todos os brasileirinhos. Quando iniciarmos a vacinação de nossas crianças, avisem aos papais e às mamães: não será necessário nenhum documento de médico recomendando que tomem a vacina. A ciência vencerá", afirmou o conselho em nota.

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