Repasse na Saúde

Saúde libera R$ 20 milhões ao Instituto de Cardiologia do DF

O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, junto com a ministra da Casa Civil, Flávia Arruda, assinaram o contrato de transferência em uma coletiva no hospital, nesta quinta-feira (23/12)

Tainá Andrade
postado em 24/12/2021 01:09 / atualizado em 24/12/2021 01:10
Flávia Arruda, que foi a responsável pelo recurso destinado ao ICTDF, por meio de emendas parlamentares, fez questão de lembrar que quando era deputada federal priorizava os recursos para verba em saúde -  (crédito:  Myke Sena)
Flávia Arruda, que foi a responsável pelo recurso destinado ao ICTDF, por meio de emendas parlamentares, fez questão de lembrar que quando era deputada federal priorizava os recursos para verba em saúde - (crédito: Myke Sena)

O Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF (ICTDF), localizado no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, recebeu, nesta quinta-feira (23/12), repasse de R$ 20 milhões para a assistência em cardiologia, transplante de órgãos e tecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, junto com a ministra da Casa Civil, Flávia Arruda, assinaram o contrato de transferência em uma coletiva no hospital. Em seu discurso, o titular da pasta da saúde voltou a dizer que doenças cardiovasculares são as que mais matam no Brasil.

“Quando assumi o ministério, o presidente da república perguntou se as pessoas só morriam de covid no Brasil e eu respondi que não, as pessoas no Brasil morrem de doenças cardiovasculares. Cerca de 400 mil óbitos de doenças cardiovasculares por ano no Brasil. As pessoas morrem de câncer, mais de 200 mil óbitos por ano e esses problemas estreitam os sistemas de saúde há décadas. O governo do presidente Bolsonaro, pela primeira vez, na história desse país enfrenta esse o problema de forma frontal”, ressaltou.

Sem comentar sobre a vacinação para crianças na faixa etária de 5 a 11 anos, o ministro da saúde saudou o SUS e a marca expressiva da diminuição de 90% no número de óbitos. Ele classificou como “paliativo” o repasse dado pelo ministério ao instituto, pois acredita que a melhoria de qualidade só virá com um “novo modelo de regeneração para a atenção especializada para a saúde”.

“Não se pode remunerar instituições do mais alto nível, que entrega resultados, da mesma forma que outras instituições que não resolvem os problemas dos pacientes e apenas transferem esses pacientes para centros, às vezes dois, três, quatro centros, consumindo os recursos dos setores de saúde que já é limitado”, criticou.

Flávia Arruda, que foi a responsável pelo recurso destinado ao ICTDF, por meio de emendas parlamentares, fez questão de lembrar que quando era deputada federal priorizava os recursos para verba em saúde. Por isso, quando recebeu a demanda do ministro e do secretário de saúde do DF, General Pafiadache — também presente na coletiva —, a tratou com prioridade. “Desde o primeiro momento em que teve uma reunião lá no meu gabinete, eu, ministro Queiroga e ministro da defesa, para tratarmos especificamente sobre esse assunto, eu tive um carinho muito grande pelo instituto, principalmente pelo corpo técnico do instituto que está aqui há muitos anos e por representar um dos melhores quadros do Brasil. Tem aqui cirurgias que só o instituto realiza no DF, cirurgias cardíacas de grande complexidade e também pediátricas, eu sou testemunha disso”, comentou.

O instituto é o multitransplantador no Centro-Oeste, responsável por realizar 85% das cirurgias cardíacas adultas e pediátricas, transplantes de coração, fígado, rim, córnea e medula óssea. Além disso, realiza 60% de atendimento a pacientes com doenças cardiovasculares no DF.

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