A honestidade, dependendo do país onde ela é avaliada, pode ser considerada um artigo de luxo? De acordo com uma pesquisa realizada por universidades dos EUA e da Suíça, a resposta é sim. Nesse sentido, o Brasil bate ponto entre os países mais desonestos do mundo. No entanto, um motorista de táxi, de 35 anos, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, optou por ir contra essa expectativa negativa e decidiu devolver R$ 1.287 pagos a mais por um passageiro na madrugada desse domingo (19/12).
Apesar da boa intenção — que contraria o estudo internacional publicado em 2019 pela revista Science —, o problema é que o taxista não conseguiu encontrar o passageiro e aí ele teve a ideia de recorrer à Polícia Militar.
A corrida teve início na Rua Barão de São João Nepomuceno, no Centro, e terminou nas proximidades de um supermercado na Avenida Barão do Rio Branco, também na Região Central.
Conforme o registro da ocorrência policial, o motorista disse que, ao invés de digitar R$ 13 na hora de passar o cartão, o homem se confundiu e digitou R$ 1.300. Quando ele percebeu o erro, já não conseguiu localizar mais o passageiro e foi imediatamente para o 32º Batalhão da PM comunicar o ocorrido.
Até o fechamento desta reportagem, não havia novas informações sobre a empreitada do taxista nas buscas pelo passageiro.
Apesar disso, o presidente da Associação de Motoristas de Táxi Luiz Gonzaga Nunes, de 65 anos, garante que a postura do taxista no último domingo não é um ato isolado entre os profissionais da categoria.
“É algo que sempre acontece. Às vezes, a pessoa erra o valor na hora de digitar, e os motoristas agem da mesma forma. A gente fica feliz, pois isso prova que ainda há muita gente honesta por aí."
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