O Ministério da Saúde indicou nesta sexta-feira (17/12) que estuda reduzir o intervalo para a aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19. Atualmente, a pasta recomenda que os cidadãos procurem os postos de saúde para tomarem a dose adicional pelo menos cinco meses após a aplicação da segunda dose.
“Nós estamos debatendo na câmara técnica se há a necessidade de uma redução do intervalo dessa dose de reforço”, disse a secretária especial de enfrentamento à covid-19, Rosana Leite, durante apresentação dos resultados da pesquisa encomendada pela pasta sobre a dose de reforço.
Alguns países reduziram o intervalo para a aplicação da dose de reforço, mas, segundo a secretária, como os cenários epidemiológicos são diferentes, a pasta ainda defende os cinco meses de intervalo para toda população adulta. "Tudo é mutável. O que nós sabíamos lá no início, hoje as evidências são outras. Todas as decisões do Ministério da Saúde são baseadas nas melhores evidências atuais", ponderou.
Desde novembro, o Ministério da Saúde ampliou o público-alvo da vacinação com a dose de reforço contra a covid-19 para toda população adulta brasileira. Anteriormente, a dose adicional era indicada apenas para idosos com mais de 60 anos, pessoas imunossuprimidas e profissionais de saúde.
Apesar de a pasta indicar o intervalo de pelo menos cinco meses para a dose adicional, alguns estados brasileiros reduziram este tempo. Foi o caso de São Paulo, que reduziu para quatro meses o período entre a conclusão do esquema vacinal e a aplicação do reforço. "A medida é uma recomendação do Comitê Científico do Coronavírus do Estado de São Paulo diante do atual cenário epidemiológico da doença no mundo e a proximidade das festividades de final de ano", justificou.
A secretária especial de enfrentamento à covid-19 ressaltou ser necessário que as esferas federais, estaduais e municipais falem a mesma língua. "O Ministério da Saúde lança as normas, porém isso tem que ser cumprido na ponta", reforçou. Segundo ela, as divergências criadas com estados, que sugerem normas diferentes das recomendadas pela pasta, atrapalham os acompanhamentos feitos pelo Ministério.
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