A Polícia Civil e Ministério Público do Rio de Janeiro deflagraram, nesta quinta-feira (16/12), a Operação Bergon. Os alvos da operação foram integrantes de grupos neonazistas que incitavam ódio e racismo nas redes sociais e praticavam atos violentos contra negros e judeus. Quatro pessoas foram presas. Com elas, foram apreendidos facões, facas, arco e flecha, livros sobre Hitler e um taco com arame farpado.
A operação também expediu 31 mandados de busca e apreensão, distribuídos por sete estados do país. Ao todo, são 15 alvos no Rio de Janeiro, nove em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul, dois no Paraná, um em Minas Gerais, um no Rio Grande do Norte e um em Santa Catarina.
Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), um dos alvos presos tinha armamento e planos para cometer um ataque em festas de final de ano em São Paulo. Em entrevista coletiva, o delegado Adriano Franca, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), afirmou que os policiais apreenderam bombas caseiras que seriam usadas no atentado.
Investigações
De acordo com a PCRJ, as investigações duraram sete meses e começaram após uma comunicação feita à DCAV pela Secretaria de Operações Integradas, por meio do Cyber Lab, e a Homeland Security Investigations (HSI), órgãos do governo dos Estados Unidos.
No comunicado, os órgão pediam para a polícia apurar fatos e circunstâncias ligados a uma associação criminosa voltada a prática de atos violentos, de discriminação e preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional por meio de redes sociais. Em maio deste ano, um dos alvos foi identificado por utilizar um aplicativo para espalhar o ódio e atrair simpatizantes, principalmente com ameaças contra negros e judeus. Esse suspeito teve prisão cautelar decretada por 30 dias e quebra do sigilo de dados.
A partir da análise do material periciado foi encontrado farto material de conteúdo racista contra negros e judeus, chamando a atenção os diálogos ameaçadores, cooptação de simpatizantes, treinamento e, principalmente disseminação de ódio. A investigação dos dados também permitiu identificar pelo menos três grupos neonazistas espalhados pelo Brasil.
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