O cartão de crédito e os crediários são os maiores vilões para os endividados, como revela uma pesquisa do portal de produtos financeiros Foregon. O levantamento apontou que, dos 44,3% dos entrevistados que responderam estar negativados, 46,1% foram contas de cartão de crédito e crediários.
Em média, os respondentes estão com nome sujo há 2 anos e 2 meses e possuem mais de uma dívida. A faixa etária com maior taxa de negativado é a de 35 a 44 anos. Nesse grupo, 47,5% estão com o nome sujo. Jovens entre 18 e 24 anos são os que menos ficaram negativos: 46,8% das pessoas nessa faixa afirmam nunca terem ficado endividados.
Ainda dentro do grupo de jovens, 74,7% estão negativados pela primeira vez, 37,1% estão negativados há menos de 1 ano e 41,8% possuem 1 dívida. No entanto, enquanto 46% dos entrevistados de 18 a 24 anos afirmam não ter condições de pagar as dívidas com o orçamento atual, essa taxa é ainda maior no grupo de 65 anos ou mais, em que 62,5% afirmam não ter condições de limpar o nome.
Para a pesquisa, a Foregon ouviu, no período de 5 a 23 de novembro, 2.790 usuários. O nível de confiança do estudo é de 95%, com uma margem de erro de 1,9 pontos percentuais, cálculo baseado na estimativa populacional brasileira para 2021 dada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os objetivos do estudo incluem analisar as evidências relacionadas à inadimplência dentro do contexto brasileiro, identificar o nível de endividamento da maioria dos consumidores e evidenciar os principais fatores causadores da inadimplência, de acordo com a empresa.
Piora em um ano
A Foregon realizou pesquisa de mesmo caráter no início de 2020. À época, o portal ouviu 5.908 usuários. Em 2020, apenas 28,9% afirmaram estar negativados. Número que mais que dobrou neste ano, registrando aumento de 53,2% de negativados de 2020 para 2021.
O cartão de crédito continua sendo o maior motivo de negativação, representando 28,7%, em
2020, e 25,2%, em 2021. Além disso, as contas que mais cresceram em representatividade, no motivo de negativação, foram a despesa de aluguel, com aumento de 43,9% de 2020 para 2021, e as contas de água e/ou luz, com aumento de 58,7% em um ano.
O levantamento ainda revelou um crescimento de 17,9% na média do valor total da dívida, de R$ 2.232,31 em 2020 para R$ 2.632,75 em 2021.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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