PANDEMIA

3ª dose da CoronaVac amplia em 20 vezes o nível de anticorpos, diz pesquisador

Cientista do Laboratório de Infecção e Imunidade do Instituto de Biofísica da Academia Chinesa de Ciências defendeu que a dose de reforço seja aplicada entre seis e 12 meses após a segunda dose

Thays Martins
postado em 08/12/2021 14:23 / atualizado em 08/12/2021 14:24
 (crédito: B?rbara Cabral/Esp. CB/D.A Press)
(crédito: B?rbara Cabral/Esp. CB/D.A Press)

O esquema vacinal com três doses da CoronaVac aumenta em cerca de 20 vezes o nível de anticorpos neutralizantes. A afirmação foi feita pelo cientista Xiangxi Wang, pesquisador do Laboratório de Infecção e Imunidade do Instituto de Biofísica da Academia Chinesa de Ciências, durante um simpósio promovido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac nesta quarta-feira (8/12). Esses anticorpos são capazes de combater a infecção por todas as linhagens do novo coronavírus, incluindo a variante ômicron.

De acordo com o pesquisador, o laboratório analisou o plasma de indivíduos que receberam a terceira dose da CoronaVac que mostrou que a aplicação da dose de reforço aumenta em até 20 vezes os anticorpos neutralizantes que se manteve por seis meses após a última dose.

Os aumentos registrados nos níveis de anticorpos foram de 17 vezes contra a variante delta e contra a cepa original do coronavírus (de Wuhan), de 18 vezes contra a variante alfa, de 19 vezes contra a linhagem beta, e de 14 vezes contra a variante gama.

Ele destacou que a ciência já mostrou que todos os imunizantes em uso tem uma queda na eficácia após seis meses da segunda dose. "Uma alternativa plausível para resolver essa questão é administrar a terceira dose da vacina entre seis e 12 meses após a segunda dose, para melhorar e estender a proteção", disse.

Durante o simpósio, Edson Durigon, do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), disse que análises feitas demonstraram que a CoronaVac produz  um alto nível de anticorpos neutralizantes para as variantes de Wuhan, gama, beta e delta, e que a proteção dos vacinados com o imunizante se mantém alta até cinco meses após a segunda dose, quando ela começa a cair. 

 

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