EMBOLIA PULMONAR

Mulher morre após fazer cirurgia estética em Belo Horizonte

Após o final da operação, Lidiane Aparecida começou a se queixar de dores e falta e ar mas já estava desacordada quando foi socorrida

Isabela Bernardes*/ Estado de Minas
postado em 07/12/2021 21:04 / atualizado em 07/12/2021 21:04
 (crédito: Reprodução/ Redes Sociais)
(crédito: Reprodução/ Redes Sociais)

Uma mulher de 39 anos, morreu na madrugada desta terça-feira (7/12), após fazer uma abdominoplastia e lipoaspiração em uma clínica no Bairro de Lourdes, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira estava acompanhada da irmã e fez a cirurgia na manhã de segunda-feira (6/12). Segundo o marido, de 36 anos, ele deixou a mulher no Instituto Mineiro de Obesidade por volta das 7h20.

A operação começou às 8h30 e terminou às 13h, em seguida, a mulher foi encaminhada para o quarto e começou a se queixar de dores e falta e ar. Lidiane foi medicada várias vezes, segundo consta no Boletim de Ocorrência, mas em determinado momento, avisou a irmã que estava com dificuldade de respirar.

A irmã, então, acionou o botão de emergência do quarto e saiu para chamar socorro. Quando voltou, a mulher já estava desacordada. A equipe tentou fazer massagens para reanima-la, e chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Quando a ambulância chegou, foi necessário intubar a paciente e leva-la para o Hospital Vera Cruz. No local, o procedimento de reanimação continuou, mas sem sucesso. Ela deu entrada às 20h25 e morreu às 1h20, de embolia pulmonar.

A polícia entrou em contato com médico responsável pela cirurgia, que afirmou não ser funcionário da clínica e só utilizar o espaço. Segundo o BO, ele disse que a operação transcorreu bem, começando às 8h30 e terminando 13h. A mulher foi levada para o quarto e ficou sob os cuidados da clínica, que possui médicos, enfermeiros e suporte básico, mas sem CTI.

Lidiane era funcionária da Prefeitura de Brumadinho. Ela atuava como agente operacional e fazia parte da equipe de higienização do Complexo Hospitalar Valdemar de Assis Barcelos.

A operação foi paga com um valor de entrada e o restante após o procedimento, que custou R$ 20.500 no total.

Ao saber da notícia, o filho de Lidiane ficou muito emocionado e chegou a chutar a porte da acesso ao CTI e danificou o visor de uma catraca.

A Prefeitura de Brumadinho lamentou a morte da funcionária. Veja a nota:

"A Prefeitura e a Secretaria de Saúde lamento profundamente o falecimento de Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira, profissional zelosa, atenciosa e muito querida pela equipe do Complexo Hospitalar Waldemar de Assis Barcelos.

Enviamos as nossas condolências aos amigos e familiares."

O Estado de Minas tentou contato com o Instituto Mineiro de Obesidade, mas foi informado que o médico responsável estava em atendimento e não poderia atender.

*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria

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