Para o deputado federal Dr. Luzinho (PP-RJ), é cada vez mais premente a necessidade de o Brasil adquirir autonomia na saúde. Para ele, que é médico de formação, a soberania do país no setor se mostrou ainda mais necessária com a pandemia da covid-19. Participante do primeiro painel do CB Fórum Live — Inovação além do tratamento, que tratou sobre a inovação além do produto na indústria farmacêutica, o parlamentar defendeu a aprovação de projetos de lei que facilitem a entrada de empresas estrangeiras para a produção de insumos e materiais de saúde no país.
No evento, realizado pelo Correio Braziliense, com patrocínio da Roche Farma Brasil, o deputado lembrou que o Brasil é o maior comprador do mundo de artigos de saúde. "Para que a inovação científica traga um benefício direto à nossa população, quero acoplar a inovação e o avanço da tecnologia à geração de emprego e renda", salientou.
A fim de unir inovação e vagas no mercado de trabalho, Dr. Luizinho apresentou um projeto de lei, em 2019, para instituir a Estratégia Nacional de Saúde. "Ela faz com que o Brasil possa trazer e considerar empresas estratégicas para a área de saúde. Empresas que venham produzir materiais, medicamentos e insumos, tentando trazer a soberania para o Brasil no campo da saúde", observou.
Ele acrescentou que o país é um mercado que não pode ser desprezado e que seria do interesse de todos os gigantes do setor de saúde. "Somos o grande comprador do mundo. Podemos garantir que empresas venham se instalar no nosso território, tragam projetos de excelência, com a garantia de aquisição de medicamentos, insumos e materiais", pontuou. O texto que elaborou para o PL 2.583/19 está pronto para ser pautado na Comissão de Seguridade Social e Família, que o deputado preside.
Dr. Luizinho indicou que a pandemia mostrou que o Brasil precisa se preparar e aprender lições. A covid-19 fez o país sofrer com o atraso no recebimento de insumos para a produção da vacina; com a crise de oferta de insumos, como a do oxigênio, em Manaus, em janeiro deste ano; e até mesmo com a baixa disponibilidade de equipamentos de proteção individual — como álcool, luvas e máscaras de proteção, cujos preços dispararam no começo da pandemia.
"Países como China e Índia, em momentos de dificuldade, retêm os insumos e atendem quem eles querem. O Brasil precisa de autonomia nessa área", apontou. O deputado salientou, ainda, que o país precisa rever o marco legal da pesquisa clínica. "O Brasil recebe menos pesquisas clínicas do que a Argentina", lamentou.
Nesta pandemia, o país desenvolveu pesquisas das vacinas contra a covid-19 para tentar enfrentar a transmissão descontrolada do vírus que se viu até abril passado.
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