BRASILEIRÃO 2021

VAR e pênaltis são verdadeiros heróis no bicampeonato brasileiro do Galo

Tecnologia ainda é falha, mas corrige 99% das malandragens descaradas que ocorriam contra o Atlético

Ricardo Kertzman - Estado de Minas
postado em 06/12/2021 17:11 / atualizado em 06/12/2021 17:46
Para o desespero de jornalistas esportivos e cartolas ligados aos favorecidos de sempre, o Atlético não foi, dessa vez, impedido de conquistar o que merecia -  (crédito: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Para o desespero de jornalistas esportivos e cartolas ligados aos favorecidos de sempre, o Atlético não foi, dessa vez, impedido de conquistar o que merecia - (crédito: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

Sou da geração de atleticanos que foi vilipendiada pelos cretinos que comandavam a roubalheira escancarada, que corria solta no futebol brasileiro até o surgimento do VAR. Sim, é verdade que ainda há erros — e roubos! — e certas decisões parecem obedecer ao velho esquema de favorecimento aos poderosos de plantão - leia-se: Flamengo, Corinthians e, ocasionalmente, outros do eixo Rio-SP.

Não. Não se trata de choro de perdedor ou mimimi típico do futebol. Trata-se de fatos reais e irrefutáveis: o Clube Atlético Mineiro é o time mais prejudicado, ou melhor, mais roubado do futebol brasileiro. Quem disse? As centenas de milhões de torcedores que testemunharam ‘in loco’ ou pela TV a história atleticana, e as imagens ‘ao vivo’, em câmera lenta, replay, quadro a quadro ou ‘tira-teima’ que não me deixam mentir.

O Atlético foi literalmente violentado por vagabundos do tipo José Roberto Wright e José de Assis Aragão. Por ‘um pouco menos vagabundos’, como Carlos Rosa Martins e Carlos Simon. Por ‘só um pouquinho vagabundos’, Márcio Rezende de Freitas, Arnaldo César Coelho, Paulo Cesar Coelho (seu irmão, ainda em atividade, mantém a tradição familiar) e tantos outros que não me lembro agora.

VIDA PÓS-VAR

E o Galo só conseguiu esse bicampeonato por causa, sim, senhor, do VAR. Prejudicar e roubar agora ficou mais difícil. De certo, rolaram cartões amarelos esdrúxulos; acréscimos de tempo infinitos; faltas invertidas e etc. Mas os pênaltis claros não dados, tiveram de ser marcados pelo juiz de vídeo. Assim como os gols anulados ou não anulados, em lances que uma vovozinha sem óculos marcaria facilmente.

O alvinegro campeão teve oito pênaltis a favor, todos validados pelo vídeo. Foram seis decisões contra (que modificaram o árbitro de campo) e oito a favor (que ratificaram as decisões). O América, por exemplo, o segundo clube de Minas, teve quatorze decisões favoráveis e apenas quatro, contrárias. A indignação rubro-negra se dá por terem sido impedidos de favorecimento em nove oportunidades.

Para o desespero de jornalistas esportivos e cartolas ligados aos favorecidos de sempre, o Atlético não foi, dessa vez, impedido de conquistar o que merecia. Regulamentos alterados e juízes ladrões nos tiraram ao menos 4 campeonatos brasileiros, 1 Libertadores, 1 Copa do Brasil e, que me lembre agora, 3 campeonatos estaduais. Por isso o chororô daqueles que não levam mais na mão-grande (pelo menos com tanta facilidade).

Além dos 4 R’s e do presidente Sergio Coelho; do Cuca e de toda a comissão técnica; dos atletas e de todos os funcionários e colaboradores; da Massa e dos destaques do time (Alonso, Allan, Jair, Arana, Zaracho, Keno e Hulk), é justo e legítimo congratular os juízes de vídeo que, querendo ou não, pois não tinham muitas opções, fizeram prevalecer a justiça desportiva e, assim, não puderam roubar o Galo, como de costume.

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