Covid-19

Carnaval e Ano Novo devem ser cancelados no Nordeste, diz comitê do Consórcio

Recomendação de cancelamento das festividades é do Comitê Científico do Consórcio Nordeste e foi feita após a identificação da variante ômicron no Brasil

Maria Eduarda Cardim
postado em 03/12/2021 17:57 / atualizado em 03/12/2021 19:08
 (crédito: Leo Caldas/AFP)
(crédito: Leo Caldas/AFP)

Após a detecção dos primeiros casos da variante da covid-19 ômicron no Brasil, vários estados e cidades do país deram alguns passos atrás nas flexibilizações feitas em meio a pandemia. Nesta sexta (3/12), o Comitê Científico do Consórcio Nordeste recomendou que os governadores da região cancelem as festividades do Ano Novo e do Carnaval, já que estas podem gerar aglomerações. 

"Tendo em vista o quadro global e nacional atual da pandemia e as incertezas futuras existentes, o Comitê Científico do Consórcio Nordeste recomenda aos governantes estaduais e municipais cancelar a realização das festividades de final do ano e do Carnaval que possam gerar aglomerações, pois estas intensificariam a transmissão do vírus e resultariam em nova onda da pandemia", diz o texto.

Outras cidades, como São Paulo, e o próprio Distrito Federal cancelaram as festas de Réveillon diante da identificação da ômicron no país. O estado paulista também recuou na flexibilização do uso de máscaras em espaços abertos, que estava prevista para acontecer no próximo dia 11. No entanto, o governador João Doria (PSDB) manteve a obrigatoriedade do equipamento de proteção individual.

Uma orientação nesse mesmo sentido foi dada pelo Comitê Científico do Consórcio Nordeste aos governadores da região. Foi indicado que seja mantida a obrigatoriedade do uso de máscaras e que seja cobrado o comprovante de vacinação contra a covid-19 para a entrada em cinemas, teatros, estádios de futebol e outros locais. 

A nota do Consórcio Nordeste faz críticas à maneira como o governo federal enfrentou a pandemia da covid-19. Segundo o comitê científico, a esfera federal se mostrou apática e se contrapôs "às ações de controle e contenção implementadas pelas administrações Estaduais e Municipais".

"Desde o registro oficial do primeiro caso comunitário no país em fevereiro de 2020, assistiu-se a uma completa apatia do Governo Federal", ponderou o boletim.

 

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